FRASE DA SEMANA

"O orgulho pode nos levar a nos transformarmos em substitutos para Deus". James Houston

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O Evangelho Lendo a Notícia


"Nos últimos dias fomos positivamente surpreendidos com a insatisfação das pessoas invadindo as ruas do nosso país protestando contra a corrupção. Fiquei muito feliz por isso e ao mesmo tempo refletindo e questionando onde estavam aqueles pastores que lutaram com tanta veemência contra, segundo eles, o homosexualismo e não os homosexuais. Deixo claro paradoxalmente que não sou a favor do homosexualismo, mesmo tendo alguns amigos homosexuais. Mas é que pergunto, onde estão eles, os tais pastores e seus seguidores? A esmagadora maioria das pessoas que saíram as ruas em busca de justiça contra a corrupção, segundo a revista época, eram de gente que não tinha ligação com os ditos "evangélicos" que de Evangelho não teêm quase nada, e se for analisar a semenlhança com Jesus então...
Bom, eles não estavam lá. E por que não estavam lá para confrontar o estado corrupto em sua maioria como o fez Jesus ao dizer que Herodes era uma raposinha? É que eles estão do coluiu com essa turma, oram agradecendo a "deus" pela grana partilhada. Exploram os fiéis que estão sentados nos bancos de suas igrejas e diante da telinha com campanhas de arrecadação, para pagar suas desenvolturas na tv que começam humildemente a partir de R$ 900,00 ou com o trízimo, sedem os púlpitos para essa turminha e etc.
Foi Martin Luther King que nos ensinou que a igreja não deve ser o estado mas a consciência do mesmo. Hoje a igreja que está aí não tem condições de ser nem a consciência de si mesma, quanto mais do estado. Mas graças a Deus que ele levanta pessoas que mesmo não tendo comprometimento direto com o Evangelho, tem com a sua consciência que ainda habita Imago Dei (Imagem e Semelhança de Deus).

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

domingo, 30 de outubro de 2011

Estação dos Seguidores de Seguidores

Diz o Peregrino..."Quando conheci o Cordeiro fiquei apaixonado por Ele, mas durante um período da caminhada conheci alguns seguidores d"Ele que eram também fascinantes, não como Ele, mas muito fascinantes, os quais resolvi imitar. Isso me fez bem por um tempo, mas depois começou a me fazer mal. Hoje estou voltando a seguir o Cordeiro como antes, eu e Ele na solitude sem solidão desse Caminho".

     No livro Espiritualidade Bíblica de Paul Stevens e Michael Green é feito uma denúncia sobre um dos males da espiritualidade moderna que são "Os seguidores de seguidores". Isso é muito evidente nos ministérios personalistas dos nossos dias, ministérios que são mais conhecidos pelas desenvolturas pessoais de seus líderes do que pelos frutos do Espírito em suas vidas.
     Se olharmos para a história recente da igreja, principalmente para a história dos pregadores televisivos perceberemos com mais clareza que isto é bem verdade. Paulo percebeu a presença desse vício na igreja que nascia logo depois que Cristo foi assunto ao céu e da qual ele, Paulo, foi pastor, apóstolo, mestre e aluno. Ao recomendar aos irmãos de Coríntios que não seguíssem nem a Apolo, nem a Pedro, nem a ele mesmo e muito menos a Cristo dizendo que o seguiam para mostrar uma espiritualidade superior. Paulo ensina a eles e a nós, que devemos seguir a Cristo pelo que Ele é e não pelo que pensamos quem Ele seja. E sobre quem Ele é o Evagelho deixa muito claro esse assunto.
     Quando o apóstolo da graça diz: "Sejam meus imitadores como eu sou de Cristo", ele está dizendo que o siguam até o ponto onde ele segue a Cristo, o que estiver fora disse está fora de Cristo, ainda que seja Paulo ou até, como ele disse aos gálatas, um anjo, que saiam dessa esfera, não devemos seguí-los. Esse é o segredo de uma espiritualidade sadia, que não nos impede de admirar seguidores que seguem a Cristo com o comprometimento que o Evangelho ensina e exige, mas que nem por isso nos dá o direito de fazer deles nossos ídolos do discipulado.
     Foi João Calvino quem disse que: "O coração do homem é uma fábrica de ídolos", essa afirmativa e a sua decisão de ser interrado em uma vala comum sem quem ninguem sobesse para que ele não se tornasse mais um ídolo da história, me mostram que Calvino nunca sonhou com o Calvinismo, mas com seguidores de Cristo comprometidos com o Evavegelho até o tutano, como ele nas suas limitações pessoais e contextuais o foi. Que o Pai nos livre desse mal guiando-nos ao Filho, Pelo poder do Espírito sempre, e que isso nos cure de terminar os nossos dias tendo que dizer: Gastei toda minha vida sendo um seguidor de outror seguidor, mas ao contrário, digamos: "DEPOIS QUE TE CONHECI, NÃO CONHECI NINGUÉM QUE ME TIRASSE O DESEJO DE SÓ ATI SEGUIR MEU AMADO JESUS!!!

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Frase da Semana

"O caminho do discípulo é o caminho das abençoadas desilusões e das eternas verdades".

Caio Fábio

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Estação do Amor Profético

Diz o Peregrino... "Depois que conheci o amor do Cordeiro pude perceber que havia nesse mesmo amor dois lados que iriam mecurar de vários males. O lado misericordioso, amoroso e gracioso e o lado duro, do cajado e da correção. Demorei a entender que são dois lados do mesmo amor de uma pessoa só, mas que todo dia me cura de algo do velho homem, mas quando aceitei, me fez e faz bem até hoje".

     Tenho visto pessoas que sofrem muito porque não conseguem entender e nem aceitar o consolo, o ensino e a exortação que estão contidos no Evangelho do Senhor Jesus Cristo.
     Percebo esse resistir em minha própria natureza, que luta contra a natureza desse Evangelho que me redime todo dia e também na vida das pessoas que lido diariamente. Como disse o Brennan Manning no Impostor que vive em mim: "Existem dois "eus" dentro de nós. Um falso e um verdadeiro".
     O falso se alimenta da mentira e o verdadeiro que foi criado a imagen e semelhança de Deus precisa da verdade que só o Evangelho tem pra dar. O falso gosta do lado carinhoso do amor de Abba, mas odeia o lado duro desse mesmo amor que pede a morte desse falso eu e a ressurreição e a vida do verdadeiro eu, o falso se satisfaz de meias verdades que são inteiras mentiras, o verdadeiro sí vive se for em toda verdade.
     Creio que o amor que pode nos curar e nos fazer vencer essa luta é todo amor de Deus e ele não nos isenta do amor profético. Esse é o único amor verdadeiro, os demais são falsos ou caricaturas distantes desse. Precisamos do amor profético principalmente em dias que em Brasília se desvia dinheiro público que deveria servir para quebrar a opressão do pobre e fazer justiça aos oprimidos, para se dividir em interesse próprio e depois orar agradecendo a Deus por tal ato.
     Precisamos desse amor em nossas igrejas que, na sua grande maioria, virou uma passarela em que se desfila as vaidades pastorais ou ministeriais e que se eternisa a velha pergunta dos discípulos a Jesus: "Senhor no teu Reino quem é o maior?" Quem é o maior teólogo vivo ou da história? Quem é o maior pregador da atualidade? Quem é o maior escritor do teu Reino ou sobre ele? Qual é o ministério que sustenta essa igreja? Qual é o pastor ou irmão indispensável? Enfim, a lista de problemas em que o amor profético se aplica é enorme e cada um tem que fazer a sua reflexão.
     Foi Dietrich Bonhoeffer quem disse que "a graça é gratuita, mas não é barata!" E isso dentro de um contexto de massacre nas mãos de Hitler. Jesus não só teve um ministério profético, muito mais que isso, Ele encarnou toda profecia. E olhando para Ele o vemos mandar dizer a verdade de Deus a Herodes, que é a representação do estado, um recado direcionado a uma raposa. O vemos também não caindo no joguinho de política religiosa de Nicodemos que começa o papo com elogios e reconhecimentos dos milagres de Jesus e diz que Ele vem de Deus por isso, mas vai direto ao assunto, "você precisa nascer de novo".
     O amor profético diz vinde a Mim, mas convoca ide e levai a Mim. Vinde a Mim e eu vos aliviarei, mas carreguem, dia a dia, cada um, a sua cruz e siguam-me. Ele é um remédio amargo e necessário que cura de verdade e faz com que vivamos sem dissimulações e nos livra de todos os personagens que a vida nos obriga a encarnar para atuar em seu palco. Que o Pai nos ajude a abraçar com carinho o amor profético! Pois ele é parte indispensável do Evangelho em nossas vidas.

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino
    

domingo, 16 de outubro de 2011

Estação dos Casais Casados


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Diz o Peregrino... "Quando dispertei para ver o sexo oposto passei a entender com mais profundidade que realmente precisamos do outro. No começo essa visão era meio turva, confusa e egoísta, mas quando o Cordeiro entrou nessa história me fez ver esse lado da vida da forma certa através de uma pessoa-presente".

     O casamento realmente é uma idéia divina. Da união de um homem e uma mulher nasceu a raça humana. Também percebemos que o mundo, a carne e o diabo lutam contra esse laço redentor criado pelo Pai. Em alguns momentos parece até que eles prevalecem, mas graças a Cristo que essas portas infernais não tem prevalecido contra Seu projeto maior.
     Fui criado em meio a uma mistura de família tradicional e tradicional rompida pela geração pós ditadura que queria se divorciar de tudo que era uma farça. Lembro que quando criança, não entendia porque meus avós de um lado da família dormiam na mesma cama e do outro lado da família, por parte de pai, dormiam em camas separadas. Quando fui questionar tal anomalia levei um esporro e também recebi a ordem de não mais perguntar sobre o assunto, até que depois de crescido descobri que aquele hábito nasceu de uma mágoa não pedoada.
     A Bíblia deixa claro através de Jesus Cristo que:"O que Deus uniu não separe o homem". E quem sou eu para discordar de Jesus Cristo! Mas tenho refletido sobre esse texto olhando para a história e também para a vida de alguns "casais" que conheço. Depois de muito pensar cheguei a seguinte reflexão: "O que Deus uniu não separe o homem, mas será que toda união foi Deus que uniu?"
     Quantas uniões foram feitas por uma gravidez indesejada com o intuíto de dar uma satisfação moral, ou para não perder a moral da família. Conheço pessoas que foram obrigadas a casar por perderem a virgindade. Muitos hoje em dia, principalmente, casam por grana. Há quem case por posição social para manter a pompa herdade. Enfim, muitas são as motivações para não se casar casando. Creio que esses, apesar de "casados" nunca casaram.
     A pergunta que não quer calar à séculos é: "O que sela a união de um casal?" O documento do cartório? A "bênção" do sacerdote? O ato sexual? Paulo quando escreveu aos Coríntios exortou a alguns que mesmo depois de conhecer o Evangelho ainda mantinham a prática de sair com garotas de programas.     
     Ele disse que esse ato tornava o membro da igreja "um" com a garota de programa por causa do ato sexual, mas aquela era uma união ilegítima, pois para ser um casamento legítimo é necessário que antes do selo da união sexual haja a uníão de Amor Ágapê no coração de ambos, quando o ato sexual se tornará apenas a concretização daquilo que aconteceu diante de Deus no lugar onde Deus mais gosta de trabalhar, de dentro para fora.
     Por isso, devemos usar a mente e o coração para concretizar um laço de amor com alguém, para ter a certeza de que estou me unindo com a pessoa certa em um laço do amor de Deus que vai resistir ao tempo, as ausências dos filhos, dinheiro, sexo e que realmente só a morte separará, pois no céu não se casa, nem se dá em casamento. Creio que esses são os casais verdadeiramente casados e humildemente, pela graça de Cristo, me incluo entre eles.


Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Estação de São Cifrão


        Diz o Peregrino... “Sempre tive as coisas com certo grau de dificuldade, nunca soube o que seja vida fácil, mas percebi que as coisas ficariam mais difíceis quando tive que trabalhar, pagar contas e lidar com o tal do dinheiro. No relacionamento com ele notei que havia uma força maior que movia as pessoas ao seu redor, até hoje preciso fazer escolhas diante desta percepção”.
Talvez o maior desafio do mundo moderno para o cristão seja lidar com o poder que esta por traz do dinheiro. Sempre foi assim, hoje mais ainda. Foi Jesus quem disse: “... Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt. 6.24b NVI). A versão clássica Revista e Corrigida diz: “Não podeis servir a Deus e a Mamom”.
        O texto grego que é uma transliteração do aramaico refere-se a um deus que exige adoração e exclusividade. Na verdade é uma potestade que governa o inconsciente individual e coletivo de quem se rende a ele.
        Essa questão é tão séria que Paulo quando aconselha ao jovem pastor Timóteo lhe diz: “pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos”. (1Tm. 6.10). Basta lembrar de Judas, Ananias e Safira e até alguns pastores ensimesmados dos nossos dolorosos dias, principalmente na grande mídia.
        Creio que o problema não é com o dinheiro, lembro do nosso Arcebispo Paulo Garcia que diz: “Dinheiro não é tudo, mas que alivia, alivia!”. Também creio assim, pois ele não foi feito para nos aprisionar, mas para nos abençoar e a melhor maneira de redimir nossa relação com o dinheiro é colocando ele no seu devido lugar.
        Algumas pessoas possuem e possuíram muito dinheiro, mas ele não as possuiu. Abraão, José do Egito, José de Arimatéia, Filemon e outros. Essa é a grande diferença, e isso só é possível se Cristo estiver no centro do nosso coração e Seu Evangelho for a nossa razão de viver, pois só assim o dinheiro servirá para as causas certas que é servir ao homem na causa do Reino e não o homem a ele.
Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

FRASE DA SEMANA

"O grande problema dos cristãos e teólogos pessimistas e racionalistas é que eles dão uma ênfase tão grande a obra do primeiro Adão que quando falam da obra do Segundo, nem parece que Ele fez o que fez na Cruz do Calvário". 

 Mais Um Peregrino


sexta-feira, 17 de junho de 2011

Estação da Consciência Sacramental



O Peregrino diz... “Quando criança ia à missa. Confesso que não me lembro de nenhum sermão que me marcou até hoje. Mas uma coisa eu nunca esquecia, era o momento da Eucaristia. Ficava aguardando à hora em que o padre levantava a hóstia, era um momento de admiração, um namoro celestial entre eu e Deus. Nem sei dizer em palavras o que aquele momento representava para mim, era um profundo mistério revelado entre eu e meu Pai Amado!”

Uma das coisas importantes em uma igreja que discípula, com seriedade, discípulos para Cristo e não para si, é ensinar a importância dos sacramentos na vida cristã. Vemos isso em Atos 2.42-47. As marcas da vida de Cristo na primeira igreja. Ensino, comunhão, eucaristia, oração, levar Deus a sério (temor), sinais e maravilhas, unidade e solidariedade. Isso fez com que quem visse tais marcas, quisesse voluntariamente fazer parte da comunidade.
     Vejo nisso uma consciência sacramental que parte da teologia da cruz. Verticalidade e horizontalidade relacional. Não só eu e Deus, mas eu e o próximo. Creio que para isso precisamos vencer a perspectiva que coloca a visão sacramental coisificada a frente de Deus e o próximo. Não podemos amar mais as coisas visíveis que representam a graça invisível e maravilhosa de Deus, do que as pessoas pelas as quais ele deu o seu melhor. Jesus Cristo.
     Quando olhamos para a vida a partir de Jesus, a vida se torna sagrada. A família, o trabalho, os dons e talentos, tudo. Por isso, para Jesus, a ação mais sagrada é a do Bom Samaritano, que via no próximo sua mais urgente necessidade de ação sacramental. Diferente do sacerdote e do levita que viam nas coisas sagradas algo mais importante do que o próximo ferido no chão.
     A melhor forma de discipular a alma na crescente consciência sacramental é começar pelas pessoas e depois partir para as coisas, pois se não, não adianta deixar nada no altar, se eu não entender que o altar do coração do meu próximo ainda não foi alcançado pela verdade do evangelho através da reconciliação que eu preciso fazer com ele.
     A ordem que precisa se estabelecer dentro de mim é Deus, as pessoas e depois as coisas. Aí vai valer a pena fazer uso do pão e do vinho da ceia, da água do batismo e dos demais sacramentos materiais que simbolizam uma espiritualidade com começou entre eu e Deus, depois atingiu o próximo para ai sim, ir até as coisas com verdadeiro significado.

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

sábado, 7 de maio de 2011

Estação da Bibliolatria

Diz o Peregrino... "Ainda no início da juventude tive um encontro maravilhoso com Cristo, depois disso, encontrei alguns que se diziam seguidores seus, que me orientaram a ler muito a Bíblia, pois era nesse livro que estava à resposta de tudo que precisava. Segui estes conselhos. Li, memorizei, estudei, descobri diversas interpretações, mas mesmo com tudo isso não sentia o deleite e nem encontrava o alimento que precisava e procurava, principalmente senti que o amor do início não estava mais presente. Confesso que quase desisti, até que encontrei alguém que me mostrou o caminho de volta".


     Creio que a idolatria é o pecado que Deus mais odeia, ele chega a ser comparado com feitiçaria, e podemos encontrar no Velho Testamento o povo de Deus praticando isso diversas vezes, provocando assim uma grande tristeza em Seu coração.
      Na história da idolatria, principalmente na história da igreja, os cristãos vivem se acusando, em especial os protestantes acusam os católicos dessa prática, o que não deixa de ser uma verdade, mas é uma meia verdade, pois do lado protestante não falta a tal da "idolatria", só que ela é mais sutil, não é explícita, mas não tem a menor diferença, pois para Deus tudo começa no coração.
     Fui criado entre catolicismo e baixo, médio e alto espiritismo, depois que fui achado pelo amor de Cristo conheci bem de perto o protestantismo que diz ser a religião purificada ou reformada como alguns gostam de se autodenominar. Confesso que não imaginava que iria encontrar tanta idolatria nessa via do cristianismo que se diz tão puro.
     Encontrei pastolatria, egolatria, granalotria, eclesiolatria e até doutrinalotria, só não esperava a tal da bibliolatria. Essa quase acabou com a minha fé em Cristo, só não acabou porque meu encontro com Ele foi verdadeiro e o maior da minha vida. Percebi isso quando cheguei ao famoso mundo da hermenêutica, o mundo das interpretações e seus intérpretes.
     Sempre que ia conversar com alguém dessa turma eles me diziam: “você já leu o autor fulano de tal?” Eu dizia: “ainda não” Eles retrucavam: “leia, ele deve ser o maior intérprete do período tal”, então eu resolvia ler o tal intérprete. De tanto ler intérpretes fiquei confuso e achando que seguir a Cristo era seguir intérpretes, fui para tantos caminhos que pensei estar perdido denovo. Confesso que isso em nada satisfez minha alma e o pior é que eu tinha receio de compartilhar este sentimento porque via todo mundo “satisfeito”, então eu pensava: “o errado sou eu, preciso me santificar mais”.
     Permaneci assim por longos anos, minha alma clamava por libertação e sentia uma saudade enorme dos primeiros dias de fé, até que encontrei alguém que bradou: “A Chave é Jesus!!!”. Então, comecei reler a Bíblia e a vida a partir dessa chave hermenêutica que desconstruiu e está desconstruindo os demais ídolos que as religiões católica, espírita e protestante me ensinaram a coletar .
     No começo foi estranho, era bom e leve demais para ser verdade, mas perseverei e perseverei e estou perseverando. Fui percebendo que a saudade do primeiro amor foi diminuindo e esta diminuindo cada vez mais, também notei que a Bíblia deixou ser apenas um livro e está se tornando Verbo Encarnado dentro de mim, tem dias que isso é tão forte que chega a ser pessoal, d’Ele para mim. Notei também que a sede por compromisso cresceu como nunca e que o desejo de servir pegou fogo.
     Hoje leio a Bíblia como "A Carta de Amor do Pai à Seus Filhos". A mente e o coração aquecem a cada leitura, a impressão que tenho é que estou fazendo parte das cenas do texto, isso encanta e assunta, edifica e desconstrói muita coisa dentro e fora de nós. Não tenho mais dúvida de que é por aí. O Canon não é um fim em si mesmo, pois esse foi o erro dos fariseus que Jesus denunciou: “Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras, porque pensam que nelas vocês tem a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito; contudo vocês não querem vir a mim para terem vida”. João 5.39 e 40(NVI).
     Seguir Jesus é isso, fazer d’Ele o único padrão para tudo avaliar, só assim abriremos os olhos para derrubar todos os ídolos, os de pau, pedra, gesso, madeira, visíveis, invisíveis e até os mais escondidos dentro de nós, como a  sutil bibliolatria. Esse é o processo de conversão, cura e libertação mais importante a ser feito. Comece ou recomece agora a fazer isso no poder do Espírito, e você verá que Deus Pai tinha razão quando disse: “Este é o meu Filho amado de quem me agrado. Ouçam-no!”. (Mt. 17.5b)

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino


domingo, 1 de maio de 2011

Estação da Estabilidade na Semente do Primeiro Adão

Diz o Peregrino... "Desde que me entendo por gente que meus pais, amigos e colegas me falavam sobre  uma tal de estabilidade. Os argumentos a favor dela eram tão lógicos e quase irrefutáveis, que não tive alternativa a não ser correr atrás desse tesouro. No meio do caminho fui encontrando pessoas que o encontraram, mas que não se satisfizeram com tal conquista, isso me levou a pensar de forma mais ampla sobre esse assunto".
Todos nós sabemos muito bem que viver pela fé não é viver uma vida de alienação e de irresponsabilidades sociais de um modo geral. Temos que trabalhar para o sustento da família e da vida, o trabalho é um mandamento e uma bênção de Deus para redimir e dar dignidade ao ser humano.
     Também não podemos viver uma vida cristã juvenil que pensa que ser rico é pecado e que os ricos são mais difíceis de serem alcançados pelo Evangelho. Eu tenho visto soberba e orgulho na várias classes sociais que pastoreio, e até às vezes, com mais frequência, os encontro entre os mais pobres financeiramente. O desafio maior não é possuir ou não as riquezas desta vida, mas o de não deixar-se possuir por elas.
     Os seguros, aposentadorias, automóveis, patrimônios quitados ou financiados, ou outros bens e conquistas, não vão nos dar a tão sonhada "estabilidade" apregoada pelo contexto em que vivemos onde o símbolo da fé não é cruz, mas o cifrão do velho mamom, que Jesus deixou claro que não dava pra carregá-lo e serví-Lo. Precisamos quebrar primeiro esse ídolo em nosso coração para depois vivermos uma vida redimida até nessa área que dizem ser a última a se converter e a primeira a se desviar, o bolso.
     Toda estabilidade que esta vida tem para dar, por mais aparentemente boa e "estável" que se apresente, esta contaminada pela semente do primeiro Adão que não conseguiu fazer o que lhe foi determinado, por isso só a semente do segundo Adão, Jesus Cristo, que é o Evangelho, pode nos dar a segurança e verdadeira estabilidade, pois vem do trono do Pai e se aplica a nossa vida pelo poder do Espírito Santo.
     Termino tomando por empréstimo as palavras de um homem que aprendeu o segredo do contentamento para viver: "Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece". Você já deve ter percebido que o autor é o apóstolo Paulo que encontrou pessoalmente com Cristo no caminho de damasco e passou a propagar essa esperança que encheu seu coração da verdadeira estabilidade vinda de Deus. Esse texto é parte de uma carta que ele escreveu aos irmãos que viviam em Filipos - Fl. 4.12 e 13.
     Que lutemos para dar o melhor para nossa família, igreja e sociedade sem, contudo deixar-se possuir pelo espírito da época que promete estabilidade sob o custo da venda da alma e da destruição da fé no que realmente vale a pena, O Evangelho.


Valdemar Santana
Mais Um Peregrino



quarta-feira, 20 de abril de 2011

O EVANGELHO LENDO A NOTÍCIA


A Chacina do Rio

Os dias de dores e tragédias são os que mais revelam o nosso interior. É nos desertos e habismos da vida que conhecemos o que mora em nós. Nestes últimos dias tenho ouvido de longe as múltiplas interpretações, desabafos e gritos por justiça ou vingança e por uma paz que o Evangelho não propõe nem promete.
A dor, o espanto e o terror que a tragédia do Rio de Janeiro causaram ecoam até hoje e vai ecoar até que uma próxima má e trágica notícia se anuncie entre nós, principalmente com a força e a velocidade que tem a mídia de diminuir as distâncias do mundo.
O otimismo utópico precisa ser desconstruído pela verdade do Evangelho que não promete melhorar "este" mundo, mas plantar um Novo Mundo com um Novo Rei e Reino que trará o governo da paz, da justiça e do eterno amor. Isso sim trará a paz que nenhum sistema corrompido pela semente do primeiro Adão pode oferecer. Que essa esperança visite as famílias enlutadas do Rio e também a todos que estão iludidos por qualquer outra esperança que não seja essa. Enquanto esse dia não chega, vivamos a maior virtude de quem segue o Cordeiro, que é manifestar o amor como o maior dogma.

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Frase da Semana

"Um homem livre em Cristo não precisa de guias que querem disfarçadamente tomar o lugar daquele que é o Único".
Mais Um Peregrino

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Estação do Erotismo Redimido



Diz o Peregrino... “Quando comecei a despertar para a sexualidade, entrei em crise, pois pensava que aquilo só estava acontecendo comigo. Conversei bastante sobre o assunto com as pessoas erradas, mesmo que elas cressem que estavam fazendo o melhor por mim, isso me fez muito mal. Até que procurei a pessoa certa. Aquele que também criou essa área da minha vida".
            Em pleno século XXI ainda é polêmico falar sobre sexo e na igreja então... Mas não podemos deixar de tratar algo que é tão importante na vida, mesmo sabendo que não é o mais importante, mas temos a certeza que tem um lugar singular na caminhada.
            Quando se fala sobre sexo na igreja ou fora dela, a primeira coisa que vem a mente da maioria é o ato em si. Mas sexo ou sexualidade não pode ser reduzido apenas ao ato sexual que o Pai criou e estabeleceu como laço de união de duas pessoas que se tornam uma só carne. Alguns fazem isso de forma legítima e a maioria sem a legitimidade estabelecida por Deus que é o Seu amor que vem antes do sexo.
            A prostituição que se tem feito com o sexo não se resume apenas a comercialização do mesmo, mas também a banalização e a vulgarização que adoecem quem vive uma sexualidade norteada pelos princípios ant-Evangelho, que é o rio onde milhões se banham pensando que a água é pura.
            Creio que a igreja, às vezes, dá uma resposta muito polarizada para tentar tratar o problema, e isso gera repressão, que incentiva a desobediência secreta, onde é possível praticar, ou seja, diante dos homens.  Por isso também acredito que não só a visão mundana, mas a eclesiástica precisa de uma sexualidade redimida.
            Deus nos deixou literaturas fantásticas sobre o assunto na Bíblia e em outras que trazem saúde sobre o assunto. Tenho lido Cântico dos Cânticos junto com minha amada esposa há muitos anos, nossa história de amor nasceu nos braços de Abba mediada por este livro. Ele nos ensina que não precisamos nos constranger nem reprimir para tratar de sexualidade, pelo contrário, devemos fazer uso dessa bênção que o Pai deu para o homem e a mulher.
            Eu tenho certeza que o que legitima uma união sexual não são documentos, libertinagem com cara de liberdade, cerimônias religiosas, paixões momentâneas ou qualquer outra coisa, mas apenas o amor de Deus que quando entra numa relação a redime em todas as dimensões e a sexual não ficaria fora dessa.
            Paulo de Tarso, que não casou, mas foi quem melhor se expressou sobre o assunto no novo testamento, usou a palavra mistério para se referir a união entre um homem e uma mulher e disse mais: “Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama a si mesmo”. (Ef. 5.28). Isso nos leva a crer que uma sexualidade redimida passa a ter prazer em dar prazer, o que é totalmente diferente do que se ensina e se pratica ai fora. Que Abba nos ajude nessa jornada que nos faz cada vez mais um com a mulher que Ele nos deu!!!
Valdemar Santana
Mais Um Peregrino


domingo, 20 de março de 2011

Estação do Humor Redentor

Diz o Peregrino... "Sempre gostei de rir e creio que isso me livrou de muitos males, mas depois que conheci a maldade humana, na qual estou incluso, meu humor e riso se converteram para o mal. Até conhecer Aquele que redimiu e está redimindo essa área da minha vida".
     Quando começamos a andar com Deus pensamos que Ele não gosta de brincadeiras. Que é Deus sério, carrancudo e de cara fechada, para que os seus seguidores não deixem de viver de maneira santa.
     Confesso que sempre discordei disso dentro do meu coração e até não sabia argumentar o contrário, mas mesmo sem saber tinha a certeza de que não era assim. Passei a ter mais certeza quando li nas Escrituras Sagradas que Deus tinha sentimentos. Ele se arrependia, tinha ciúmes do seu povo, se entristecia e também se alegrava. Foi aí que pensei porque Ele não sorri?
     Outro dia estava ministrando os estudos maravilhosos do livro: "Uma Vida com Propósito", no capítulo que trata do que faz Deus sorrir. E descobri que muita  gente crer em um Deus que não sorri. Uma irmã amada me questionou durante a lição e disse com um sorriso sem sorrir e a testa franzida: "Deus ri pastor?" Foi aí que eu vi o quanto tentamos fazer o que Pascal tão sabiamente afirmou: "Deus criou o homem a sua imagem e semelhança e homem lhe retribuiu o favor".
     Há quem defenda que a fé e o bom humor são itens fundamentais para um vida longa e de boa qualidade, pois a vida já tem muita tragédia  e incredulidade em si, não precisa ter mais, além disso, viver na verdade não significa viver de mau humor para tentar provar que leva Deus a sério
     Se Deus fosse como o homem quer e pensa que Ele é, pode ter certeza, não existiria cristianismo. Graças a Deus que Ele não é assim. Hoje eu creio que Deus se alegra sorrindo e o que me faz sorrir é saber que quando eu nasci Ele sorriu e disse: lá vai o menino que eu criei para mim. Deus Ama Você!!!


Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

domingo, 13 de março de 2011

Estação do Absurdo

Diz o Peregrino... "Sempre vi a vida como um belo jardim de infância, até enfrentar um grande inverno em que meu jardim foi quase de todo destruído. Me vi diante do meu primeiro 'absurdo'. Que me anunciou que nem só de jardins é feito a vida, mas de lugares inóspitos que não entendemos porque estamos ali. Ainda bem que conheci o Cordeiro que me consolou no meio de alguns 'absurdos', pois Ele sabe bem o que é isso".
     É difícil exlicar para alguém que não passou por uma situação assim, "absurda", o que significa isso. Eu só aprendi o significado existêncial dessa estação da vida quando tinha treze anos e minha mãe trinta e três, a idade que meu irmão mais velho morreu na cruz por mim, ela sofreu uma série de erros médicos que a levou a ficar em cima de uma cadeira de rodas. O absurdo foi tão grande que desorganizou completamente nossa vida. Eu tive que assumir a responsabilidade da casa na adolescência, cuidar de tudo, principalmente, de minha mãe e toda responsabilidade de um lar, pois meus pais são separados desde meus dois anos de idade.
     Esse absurdo nos levou a outros, minha mãe tentou suicídiu três vezes e eu mergulhei de cabeça no mundo das drogas, pois encontrei nelas um alívio para um dos maiores absurdos que encontrei nesse caminho, o ódio. Ele quase roubou tudo de mim, graças a Deus só não roubou a imagem e semelhança de Deus que foi restaurada quando tive um encontro face a face com Jesus de Nazaré, meu salvador e irmão mais velho que veio me buscar e minha amada mãe também entregou sua vida a esse Cristo vivo que transforma absurdos em ambientes de paz. Tive o maior prazer da minha vida, ser pai na fé da minha mãe!!!
     Passei por outros absurdos, mas nada comparado ao que estão passando nossos amados irmãos japoneses, oremos por tamanha tragédia. Um absurdo desse porte é maior que nossa limitada compreenssão da vida, ainda mais quando vemos a vida a partir da lei de causa e efeito que vê a vida pela ótica da física ou da teologia da semeadura, que explica algumas questões da existência, mas não tudo, pois viver é um mistério que não se desvenda, mas que no máximo se vive pela fé no Filho de Deus que traz sentido em Sua Pessoa e não no entendimento das circunstâncias.
     Que nós encontremos fé para orar e ajudar mais do que emitir explicações para os "absurdos" do Japão e da vida de um modo geral, pois eles só deixarão de existir na Plenitude do Reino do Messias e que até lá façamos o que ele fez diante dos absurdos seus e dos outros, foi fiel até o fim!!!

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

quinta-feira, 10 de março de 2011

Frase da Semana

"Coisas realmente grandiosas, quando discutidas por homens pequenos, quase sempre podem fazer esses homens crescerem muito".

Santo Agostinho
em Contra o Acadêmicos

sábado, 5 de março de 2011

Estação dos Santos Urbanos

Diz o Peregrino... "Quando era criança e entrava em algumas igrejas , via aqueles santos em seus pedestais e me sentia muito longe deles. De alguns tinha dó, de outros medo e uns tantos outros curiosidade, até que encontrei o Santo dos santos".
     As interpretações que alguns na história fizeram sobre o que é ser santo, nos afastou tanto dessa realidade que há quem pense que o santo é alguém perfeito. Grande engano esse.
     Depois que comecei a ler sobre a história de alguns santos e principalmente, o significado bíblico do termo, fiquei impressionado com o tamanho do engano que seguia e acreditava e vejo que a maioria também ainda acredita. Terrível isso.
     De uma forma bem simples, a palavra santo significa, "separado para" e não "separado de" como a maioria pensa. E no caso dos seguidores de Jesus, separados para serem semelhantes a Ele. Lógico que há um grande habismo que nos separa do Carpinteiro de Nazaré, mas Ele mesmo prometeu que não nos deixaria sós nesta jornada. Um santo da Bíblia e seguidor seu, o apóstolo Paulo disse: "Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus". O endereço deste texto vocês já devem saber.
     Na história da igreja temos vários exemplos de pessoas que entenderam o significado e o desafio de serem os santos dos seus dias. Santo Agostinho, São Francisco de Assis, Santo Antônio, Lutero, Calvino, Tereza D'Ávila, Pascal, John Wycliff, Zwinglio, os irmãos Wesley e tantos outros. Recentemente, li no livro de Richard Foster, que sugeri no blog, a história de Dorothy Day, ela foi o que eu chamo de uma santa urbana. Dorothy largou tudo para viver entre os pobres, mais especificamente entre os pobres Operários Católicos que eram oprimidos pelo poder do capital selvagem dos seus dias. Ela foi uma profetiza da justiça social na história da espiritualidade cristã. Acho que deveriamos conhecer mais essa linda história
     Quando olhamos para os nossos loucos e corridos dias, perguntamos: É possível ser santo no meio dessa selva de pedras cheia de gente informada e informatizada, mas alienada de Deus? A vida dos santos que viveram nos campos e nas cidades e principalmente a do Santo dos santos Jesus Cristo nos mostram que a resposta é: SIM É POSSÍVEL!!! Basta que para isso deixemos morrer aos pés da Cruz o nosso velho e falso eu e peçamos a Deus que resplandeça a Sua imagem e semelhança com a qual fomos criados pelo poder do Evangelho e Ele fará com que o que era sem forma e vazio venha a existir. A nova ciração em Cristo que vai se aperfeiçoando em santidade n'Ele, até ser dia perfeito em sua presença eterna.
     O contexto de cada santo da história foi tão difícil ou até pior que os nossos dias, se fizermos a análise equilibrada de cada momento veremos isso. A questão não é a dificuldade dos dias maus ou a facilidade dos dias bons, mas a porção da nossa comunhão com Aquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, da morte para Sua vida em nós. Isso sim, fará toda diferença, na cidade, no campo ou até mesmo numa ilha deserta, porque começará no coração e atingirá lugares que nem imaginamos. SIGAMOS POIS O CORDEIRO QUE VENCEU!!!


Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Dica de Livro.

Este é sem sombra de dúvidas o melhor livro sbre o tema: Espiritualidade Cristã. O autor escolheu seis correntes da história da espiritualidade na igreja. A Contemplativa, a de Santidade, a Carismática, a de Justiça Social, a Evangelical e a Sacramental. Refletindo nelas como rios. Foster aborda o assunto de maneira bíblica e histórica em em seguida faz uma análise dos pontos positivos e negativos de cada uma delas. Ele defende a idéia que a fonte de todas as tradições ou rios, como ele chama, é Cristo. Para ele, todos os rios vem e voltam para um só. Jesus Cristo. Vale a pena ler, dilata a visão de espiritualidade e leva a fonte primária. Uma grande aquisição !!!

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Estação do Retorno

Diz o Peregrino... "Depois que cresci, passei a experimentar a nostalgia. Queria voltar aos tempos que vivi e que não estive lá. Até conhecer a plenitude dos tempos no Cordeiro".

     A saldade faz parte da vida e nos ajuda a lembrar das coisa boas que nos aconteceram. Se bem que, para alguns, ela só serve para lembrar coisas ruins. Para que saibamos com saúde qual o melhor tempo que já existiu, precisamos convidar para esta reflexão a palavra redenção. Nela vamos encontrar qual o ponto em que precisamos voltar na história.
     Todos nós já ouvimos falar de bons tempos que não voltam mais. Quando eu era criança, ouvia minha mãe me dizer que a jovem guarda foi a melhor juventude de todos os tempos, creio que você já deve ter escutado muito isso também dos seus pais.
     Bem, sem mais delongas, quero trazer essa meditação para o campo eclesiástico. Depois de convertidos nos são sugeridas várias propostas sobre este assunto. Há quem diga que o melhor período da fé cristã foi a era apostólica, outros dizem que foi o período dos pais(padres) do deserto, há também quem sugira a reforma protestante, outros a contra reforma, ainda outros os avivamentos, pentecostalismo, puritanismo, escolasticismo, etc. Em todos esse movimentos ou momentos coisas boas e ruins aconteceram, por isso, eles por melhor que tenham sido, são falíveis!!!
     Confesso que já andei por alguns desses lugares, mas nenhum deles satisfez minha sede e fome espirituais do quê o período de trinta e três anos da história da humanidade em que viveu Jesus de Nazaré. Esse sem sombra de dúvidas, foi o maior momento de todos os tempos e é para Ele que temos que voltar sempre.
     O apóstolo Paulo quando escreveu sua carta aos irmãos que viviam na região da galácia disse algo que é um marco divisor na leitura da Bíblia, da história e da vida: "Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, para que recebêssemos a adoção de filhos." Gl.4.4-5.
     Creio que o lugar ou o período em que devemos retornar para avaliar a Bíblia, a história e a nossa vida é esse. O nascimento, a vida, a morte, a ressurreição e a ascenção de Jesus Cristo, nosso Senhor, Salvador e irmão mais velho que veio nos buscar. Basta que para isso ouçamos a voz do Pai que disse no monte da transfiguração: "... Este é o meu Filho amado de quem me agrado. Ouçam-no!" Mt. 17.5b

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino
    

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Frase da Semana

"Deus, qual o maior presente do homem para a humanidade? Ser belo de alma e permitir que as pessoas olhem para dentro dessa alma bela."

Frank Laubach

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Estação das Lágrimas no Vaso

Diz o Peregrino... "Sempre pensei que minhas lágrimas eram em vão, o máximo que sentia que elas me davam era alívio psicológico. Mas depois que conheci O Cordeiro percebi que Ele conhecia todas elas e as guardava com amor, além de recebê-las como orações de um coração que não sabia o que dizer com as palavras".

Esta semana fui impactado pela força de um texto que muito já havia lido, mas nunca o havia visto como o vi. O salmo cinquenta e seis verso oito, mais específicamente a parte que diz: "...recolhe as minhas lágrimas em teu odre...".
Creio que o nosso Deus sabe tudo sobre nós e a oração é um meio de nós descobrirmos cada vez mais isso. Lembro de algumas vezes que frequentei reuniões de oração em várias denominações cristãs e em algumas delas irmãos amados tem o hábito de ajoelhar e orar a sós com Deus.
Vi algumas vezes pessoas se derramando, em especial as mães, só chorando na presença de Deus e aquelas lágrimas mexiam comigo, mero pecador e expectador, imaginem o que elas não podem fazer com o coração do nosso Abba Pai.
Creio que muitos filhos que voltam para os braços do Pai são fruto de orações em forma de lágrimas de mães que lembraram que aquele pródigo um dia esteve em seu ventre e chorando-orando como só as mães podem fazer pediram ao Pai que lhes fizesse regressar.
Lembro das lágrimas do carpinteiro de Nazaré que chorou por Lázaro, Jerusalém, por mim e você naquela cruz, maldita para uns e bendita para os que dela se livraram em Seu amor. Parece que o nosso Deus gosta de lágrimas sinceras (sem cera), pois em uma de suas bem aventuranças está a felicidade de quem chora de verdade, ou seja, com o coração arrependido que quer voltar e estar sempre nos braços do Pai.
Enfim, nossas lágrimas não são apenas alívio para a psiquê, mas também sementes que podem entrar na casa do Pai e lhes mostrar que mesmo em um cenário de tanto embrutecimento, ainda existe gente que chora não só lágrimas do palco, mas as verdadeiras que traduzem com precisão o que diz o coração.

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Estação da paixão pela Paixão de Cristo

Diz o Peregrino... "Sempre fui desafiado a me apaixonar, desde que atingi a idade da razão, pois antes disso não tenho muitas memórias de minhas paixões, a não ser as de família. Mas confesso que nenhuma dessas paixões que lembro me satisfez plenamente, até que cansado disso, encontrei alguém que decidi me apaixonar para o resto dos meus dias".
Não tenho dúvidas de que paixão é uma grande motivação para se viver. Passar pela vida sem se apaixonar, é passar pela vida e não provar o que já moveu muita gente a fazer coisas grandiosas, boas e ruins. Dificilmente alguém não se encantou e desencantou com o poder avassalador de uma paixão, correspondida ou não.
Há quem se apaixone por ideologias, coisas, metas, personagens marcantes e até por pessoas que nos marcam nos encontros e desencontros da existência. Ninguém está totalmente livre do risco de viver uma grande paixão.
Sempre fui um apaixonado, desde criança, tudo que fazia tinha que ser com meu ser inteiro envolvido no processo. Me machuquei muito e também feri quem entrava comigo nessa onda ardente. Me apaixonei por coisas, pessoas e utopias que criei para aliviar minha dores internas e externas, até por drogas já me apaixonei. Lembro de um dia que estava conversando com um baseado de maconha. Eu lhe dizia: "mano véi tu é muita onda." LOUCURA!!! - rsrsrsrsrsrsrsr
Depois que encontramos a Cristo na vida percebemos, dentre muitas coisas, que as paixões que antes nos comandavam passam a não ter mais tanta força e algumas chegam até a morrer, para glória de Deus. Ultimamente tenho relfetido sobre a necessidade de me apaixonar mais por Ele e lendo um livro fabuloso, que não é do Fabiano da seleção brasileira, mas de Alister E. McGrath: Uma Introdução à Espiritualidade Cristã. Mais especificamente no capítulo sete onde ele traz alguns textos de espiritualisatas ao longo da história da igreja, dentre eles Tereza de Ávila, Inácio de Loyola, Francisco de Assis, Martinho Lutero, Agostinho de Hipona e outros. Onde somos desafiados a crescer na fé que envolve a mente e o coração.
Ludolfo da Saxônia é um deles, ele propõe que entremos nas Escrituras nos envolvendo com ela, e aí ele diz que devemos nos ver nas cenas dos textos lidos. Ele nos manda ler a cena do calvário com Cristo diante de nós. O que Ele nos diria e o que nós diríamos a ele? Diante de tal pergunta, pensei que ele me diria: "Eu vim te buscar" e lhe diria com a alma quebrada e enternecida "enfim te encontrei, vamos". O Cristo da Cruz é hoje minha maior paixão, tento voltar a Ele toda vez que a vida tenta me cansar, só tenho um convite a fazer, vamos juntos nos apaixonar por alguém que vale a pena?.
Valdemar Santana
Mais Um Peregrino