FRASE DA SEMANA

"O orgulho pode nos levar a nos transformarmos em substitutos para Deus". James Houston

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O Evangelho Lendo a Notícia


"Nos últimos dias fomos positivamente surpreendidos com a insatisfação das pessoas invadindo as ruas do nosso país protestando contra a corrupção. Fiquei muito feliz por isso e ao mesmo tempo refletindo e questionando onde estavam aqueles pastores que lutaram com tanta veemência contra, segundo eles, o homosexualismo e não os homosexuais. Deixo claro paradoxalmente que não sou a favor do homosexualismo, mesmo tendo alguns amigos homosexuais. Mas é que pergunto, onde estão eles, os tais pastores e seus seguidores? A esmagadora maioria das pessoas que saíram as ruas em busca de justiça contra a corrupção, segundo a revista época, eram de gente que não tinha ligação com os ditos "evangélicos" que de Evangelho não teêm quase nada, e se for analisar a semenlhança com Jesus então...
Bom, eles não estavam lá. E por que não estavam lá para confrontar o estado corrupto em sua maioria como o fez Jesus ao dizer que Herodes era uma raposinha? É que eles estão do coluiu com essa turma, oram agradecendo a "deus" pela grana partilhada. Exploram os fiéis que estão sentados nos bancos de suas igrejas e diante da telinha com campanhas de arrecadação, para pagar suas desenvolturas na tv que começam humildemente a partir de R$ 900,00 ou com o trízimo, sedem os púlpitos para essa turminha e etc.
Foi Martin Luther King que nos ensinou que a igreja não deve ser o estado mas a consciência do mesmo. Hoje a igreja que está aí não tem condições de ser nem a consciência de si mesma, quanto mais do estado. Mas graças a Deus que ele levanta pessoas que mesmo não tendo comprometimento direto com o Evangelho, tem com a sua consciência que ainda habita Imago Dei (Imagem e Semelhança de Deus).

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

domingo, 30 de outubro de 2011

Estação dos Seguidores de Seguidores

Diz o Peregrino..."Quando conheci o Cordeiro fiquei apaixonado por Ele, mas durante um período da caminhada conheci alguns seguidores d"Ele que eram também fascinantes, não como Ele, mas muito fascinantes, os quais resolvi imitar. Isso me fez bem por um tempo, mas depois começou a me fazer mal. Hoje estou voltando a seguir o Cordeiro como antes, eu e Ele na solitude sem solidão desse Caminho".

     No livro Espiritualidade Bíblica de Paul Stevens e Michael Green é feito uma denúncia sobre um dos males da espiritualidade moderna que são "Os seguidores de seguidores". Isso é muito evidente nos ministérios personalistas dos nossos dias, ministérios que são mais conhecidos pelas desenvolturas pessoais de seus líderes do que pelos frutos do Espírito em suas vidas.
     Se olharmos para a história recente da igreja, principalmente para a história dos pregadores televisivos perceberemos com mais clareza que isto é bem verdade. Paulo percebeu a presença desse vício na igreja que nascia logo depois que Cristo foi assunto ao céu e da qual ele, Paulo, foi pastor, apóstolo, mestre e aluno. Ao recomendar aos irmãos de Coríntios que não seguíssem nem a Apolo, nem a Pedro, nem a ele mesmo e muito menos a Cristo dizendo que o seguiam para mostrar uma espiritualidade superior. Paulo ensina a eles e a nós, que devemos seguir a Cristo pelo que Ele é e não pelo que pensamos quem Ele seja. E sobre quem Ele é o Evagelho deixa muito claro esse assunto.
     Quando o apóstolo da graça diz: "Sejam meus imitadores como eu sou de Cristo", ele está dizendo que o siguam até o ponto onde ele segue a Cristo, o que estiver fora disse está fora de Cristo, ainda que seja Paulo ou até, como ele disse aos gálatas, um anjo, que saiam dessa esfera, não devemos seguí-los. Esse é o segredo de uma espiritualidade sadia, que não nos impede de admirar seguidores que seguem a Cristo com o comprometimento que o Evangelho ensina e exige, mas que nem por isso nos dá o direito de fazer deles nossos ídolos do discipulado.
     Foi João Calvino quem disse que: "O coração do homem é uma fábrica de ídolos", essa afirmativa e a sua decisão de ser interrado em uma vala comum sem quem ninguem sobesse para que ele não se tornasse mais um ídolo da história, me mostram que Calvino nunca sonhou com o Calvinismo, mas com seguidores de Cristo comprometidos com o Evavegelho até o tutano, como ele nas suas limitações pessoais e contextuais o foi. Que o Pai nos livre desse mal guiando-nos ao Filho, Pelo poder do Espírito sempre, e que isso nos cure de terminar os nossos dias tendo que dizer: Gastei toda minha vida sendo um seguidor de outror seguidor, mas ao contrário, digamos: "DEPOIS QUE TE CONHECI, NÃO CONHECI NINGUÉM QUE ME TIRASSE O DESEJO DE SÓ ATI SEGUIR MEU AMADO JESUS!!!

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Frase da Semana

"O caminho do discípulo é o caminho das abençoadas desilusões e das eternas verdades".

Caio Fábio

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Estação do Amor Profético

Diz o Peregrino... "Depois que conheci o amor do Cordeiro pude perceber que havia nesse mesmo amor dois lados que iriam mecurar de vários males. O lado misericordioso, amoroso e gracioso e o lado duro, do cajado e da correção. Demorei a entender que são dois lados do mesmo amor de uma pessoa só, mas que todo dia me cura de algo do velho homem, mas quando aceitei, me fez e faz bem até hoje".

     Tenho visto pessoas que sofrem muito porque não conseguem entender e nem aceitar o consolo, o ensino e a exortação que estão contidos no Evangelho do Senhor Jesus Cristo.
     Percebo esse resistir em minha própria natureza, que luta contra a natureza desse Evangelho que me redime todo dia e também na vida das pessoas que lido diariamente. Como disse o Brennan Manning no Impostor que vive em mim: "Existem dois "eus" dentro de nós. Um falso e um verdadeiro".
     O falso se alimenta da mentira e o verdadeiro que foi criado a imagen e semelhança de Deus precisa da verdade que só o Evangelho tem pra dar. O falso gosta do lado carinhoso do amor de Abba, mas odeia o lado duro desse mesmo amor que pede a morte desse falso eu e a ressurreição e a vida do verdadeiro eu, o falso se satisfaz de meias verdades que são inteiras mentiras, o verdadeiro sí vive se for em toda verdade.
     Creio que o amor que pode nos curar e nos fazer vencer essa luta é todo amor de Deus e ele não nos isenta do amor profético. Esse é o único amor verdadeiro, os demais são falsos ou caricaturas distantes desse. Precisamos do amor profético principalmente em dias que em Brasília se desvia dinheiro público que deveria servir para quebrar a opressão do pobre e fazer justiça aos oprimidos, para se dividir em interesse próprio e depois orar agradecendo a Deus por tal ato.
     Precisamos desse amor em nossas igrejas que, na sua grande maioria, virou uma passarela em que se desfila as vaidades pastorais ou ministeriais e que se eternisa a velha pergunta dos discípulos a Jesus: "Senhor no teu Reino quem é o maior?" Quem é o maior teólogo vivo ou da história? Quem é o maior pregador da atualidade? Quem é o maior escritor do teu Reino ou sobre ele? Qual é o ministério que sustenta essa igreja? Qual é o pastor ou irmão indispensável? Enfim, a lista de problemas em que o amor profético se aplica é enorme e cada um tem que fazer a sua reflexão.
     Foi Dietrich Bonhoeffer quem disse que "a graça é gratuita, mas não é barata!" E isso dentro de um contexto de massacre nas mãos de Hitler. Jesus não só teve um ministério profético, muito mais que isso, Ele encarnou toda profecia. E olhando para Ele o vemos mandar dizer a verdade de Deus a Herodes, que é a representação do estado, um recado direcionado a uma raposa. O vemos também não caindo no joguinho de política religiosa de Nicodemos que começa o papo com elogios e reconhecimentos dos milagres de Jesus e diz que Ele vem de Deus por isso, mas vai direto ao assunto, "você precisa nascer de novo".
     O amor profético diz vinde a Mim, mas convoca ide e levai a Mim. Vinde a Mim e eu vos aliviarei, mas carreguem, dia a dia, cada um, a sua cruz e siguam-me. Ele é um remédio amargo e necessário que cura de verdade e faz com que vivamos sem dissimulações e nos livra de todos os personagens que a vida nos obriga a encarnar para atuar em seu palco. Que o Pai nos ajude a abraçar com carinho o amor profético! Pois ele é parte indispensável do Evangelho em nossas vidas.

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino
    

domingo, 16 de outubro de 2011

Estação dos Casais Casados


Add caption

Diz o Peregrino... "Quando dispertei para ver o sexo oposto passei a entender com mais profundidade que realmente precisamos do outro. No começo essa visão era meio turva, confusa e egoísta, mas quando o Cordeiro entrou nessa história me fez ver esse lado da vida da forma certa através de uma pessoa-presente".

     O casamento realmente é uma idéia divina. Da união de um homem e uma mulher nasceu a raça humana. Também percebemos que o mundo, a carne e o diabo lutam contra esse laço redentor criado pelo Pai. Em alguns momentos parece até que eles prevalecem, mas graças a Cristo que essas portas infernais não tem prevalecido contra Seu projeto maior.
     Fui criado em meio a uma mistura de família tradicional e tradicional rompida pela geração pós ditadura que queria se divorciar de tudo que era uma farça. Lembro que quando criança, não entendia porque meus avós de um lado da família dormiam na mesma cama e do outro lado da família, por parte de pai, dormiam em camas separadas. Quando fui questionar tal anomalia levei um esporro e também recebi a ordem de não mais perguntar sobre o assunto, até que depois de crescido descobri que aquele hábito nasceu de uma mágoa não pedoada.
     A Bíblia deixa claro através de Jesus Cristo que:"O que Deus uniu não separe o homem". E quem sou eu para discordar de Jesus Cristo! Mas tenho refletido sobre esse texto olhando para a história e também para a vida de alguns "casais" que conheço. Depois de muito pensar cheguei a seguinte reflexão: "O que Deus uniu não separe o homem, mas será que toda união foi Deus que uniu?"
     Quantas uniões foram feitas por uma gravidez indesejada com o intuíto de dar uma satisfação moral, ou para não perder a moral da família. Conheço pessoas que foram obrigadas a casar por perderem a virgindade. Muitos hoje em dia, principalmente, casam por grana. Há quem case por posição social para manter a pompa herdade. Enfim, muitas são as motivações para não se casar casando. Creio que esses, apesar de "casados" nunca casaram.
     A pergunta que não quer calar à séculos é: "O que sela a união de um casal?" O documento do cartório? A "bênção" do sacerdote? O ato sexual? Paulo quando escreveu aos Coríntios exortou a alguns que mesmo depois de conhecer o Evangelho ainda mantinham a prática de sair com garotas de programas.     
     Ele disse que esse ato tornava o membro da igreja "um" com a garota de programa por causa do ato sexual, mas aquela era uma união ilegítima, pois para ser um casamento legítimo é necessário que antes do selo da união sexual haja a uníão de Amor Ágapê no coração de ambos, quando o ato sexual se tornará apenas a concretização daquilo que aconteceu diante de Deus no lugar onde Deus mais gosta de trabalhar, de dentro para fora.
     Por isso, devemos usar a mente e o coração para concretizar um laço de amor com alguém, para ter a certeza de que estou me unindo com a pessoa certa em um laço do amor de Deus que vai resistir ao tempo, as ausências dos filhos, dinheiro, sexo e que realmente só a morte separará, pois no céu não se casa, nem se dá em casamento. Creio que esses são os casais verdadeiramente casados e humildemente, pela graça de Cristo, me incluo entre eles.


Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Estação de São Cifrão


        Diz o Peregrino... “Sempre tive as coisas com certo grau de dificuldade, nunca soube o que seja vida fácil, mas percebi que as coisas ficariam mais difíceis quando tive que trabalhar, pagar contas e lidar com o tal do dinheiro. No relacionamento com ele notei que havia uma força maior que movia as pessoas ao seu redor, até hoje preciso fazer escolhas diante desta percepção”.
Talvez o maior desafio do mundo moderno para o cristão seja lidar com o poder que esta por traz do dinheiro. Sempre foi assim, hoje mais ainda. Foi Jesus quem disse: “... Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt. 6.24b NVI). A versão clássica Revista e Corrigida diz: “Não podeis servir a Deus e a Mamom”.
        O texto grego que é uma transliteração do aramaico refere-se a um deus que exige adoração e exclusividade. Na verdade é uma potestade que governa o inconsciente individual e coletivo de quem se rende a ele.
        Essa questão é tão séria que Paulo quando aconselha ao jovem pastor Timóteo lhe diz: “pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos”. (1Tm. 6.10). Basta lembrar de Judas, Ananias e Safira e até alguns pastores ensimesmados dos nossos dolorosos dias, principalmente na grande mídia.
        Creio que o problema não é com o dinheiro, lembro do nosso Arcebispo Paulo Garcia que diz: “Dinheiro não é tudo, mas que alivia, alivia!”. Também creio assim, pois ele não foi feito para nos aprisionar, mas para nos abençoar e a melhor maneira de redimir nossa relação com o dinheiro é colocando ele no seu devido lugar.
        Algumas pessoas possuem e possuíram muito dinheiro, mas ele não as possuiu. Abraão, José do Egito, José de Arimatéia, Filemon e outros. Essa é a grande diferença, e isso só é possível se Cristo estiver no centro do nosso coração e Seu Evangelho for a nossa razão de viver, pois só assim o dinheiro servirá para as causas certas que é servir ao homem na causa do Reino e não o homem a ele.
Valdemar Santana
Mais Um Peregrino