FRASE DA SEMANA

"O orgulho pode nos levar a nos transformarmos em substitutos para Deus". James Houston

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Estação do Natal de Cada Um

Diz o Peregrino: "Minha primeira experiência com o sagrado, que me lembro, foi diante do presépio. Ficava encantado com a beleza da simplicidade que via ali. Era algo indizível, só dava para sentir, nunca vou conseguir explicar. Depois fui perdendo aquele espírito que me encantava para as sofisticações do mundo. Graças a Abba que estou voltando".


Natal é época de festa celebração, família reunida e boas lembranças para uma nova caminhada. Pelo menos é assim que aparenta ser todo ano pelas ruas enfeitadas, amigos secretos, compras e músicas bonitinhas.
        Mas este natal não tem nada a ver com o Natal do Evangelho, pois o do Evangelho começa em uma manjedoura totalmente despretensiosa, mas que nela esta o maior tesouro da humanidade. O Natal encarnado, Jesus de Nazaré.
        Quando eu era criança me impressionava com a beleza da simplicidade do presépio, talvez ali tenha sido minha primeira experiência com o sagrado, meu primeiro encontro com o Cordeiro, pelo menos que me lembre.
        Creio que o verdadeiro Natal de cada um começa na conversão, quando temos um encontro verdadeiro e pessoal com Jesus Cristo, quando sofremos uma metanóia, uma mudança de mente e de rumo. Nesta hora passamos a andar no Caminho, Verdade e Vida que Deus nos deu de presente, seu maior presente, para vivermos de verdade.
        Meu Natal começou em dezoito de agosto de mil novecentos e noventa e um. Nunca vou esquecer o dia em que me rendi a força poderosa do Leão de Judá. De lá para cá tenho crescido no entendimento do verdadeiro sentido do Natal, como disse o apóstolo Paulo: “A ele quis Deus dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vocês, a esperança da glória”. (Col. 1.27).
        Responda sinceramente. Você já conhece o verdadeiro Natal? O desejo do coração de Deus, e do meu também, é que sua resposta seja afirmativa, para que o Natal não seja só em dezembro, e mais especificamente os dias vinte e quatro e vinte e cinco, mas todos os dias do resto da sua vida, aqui e depois. Assim desejo a você um Feliz Natal!!!

Com Amor em Cristo Jesus
 Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

domingo, 21 de outubro de 2012

Texto da Semana

A DANÇA DO ETERNO: "Visitas a terra e pedes a ela para se juntar a dança! Tu a enfeitas com as chuvas da primavera, enches o rio de Deus com águas vivificantes. Pintas de dourado os campos de trigo. A Criação foi feita para isso! Regas os campos arados, molhas as glebas da terra. Usando a chuva como rastelo, tu a fazes brotar e frutificar. Coroas os picos de neve com esplendor e espalhas pétalas de rosa pelo caminho - Nos arados selvagens, há pétalas de rosas. Mandas as colinas dançar, Vestes os campos com ovelhas, e os vales, de trigo. Que eles gritem de alegria! Que eles exultem e cantem! - (Salmo 65.9-13).
LI ESTE SALMO HOJE CEDO E FIQUEI ENTERNECIDO COM A BELEZA DO NOSSO ETERNO PAI - BOA SEMANA A TODOS!!!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Estação do Encontro das Fraquezas


Diz o Peregrino... “Sempre gostei de gente, estar com as pessoas me fazia muito bem, principalmente na infância. Depois que cresci notei que não era tão bom como antes. Percebi que nos encontros não só havia celebração, mas dor e muita diferença. Foi então que me encontrei com a força das nossas fraquezas”.

Hoje tenho certeza que nossa maior luta é construir relacionamentos saudáveis e isso dá trabalho, porque envolve o encontro das nossas virtudes e fraquezas gerando curto circuito relacional.
        Mesmo quando conhecemos a Cristo e Seu Evangelho esse problema permanece, afinal de contas, o primeiro Adão continua em nós, só que agora competindo com o segundo que é o Messias. E é nos relacionamentos com seus conflitos e desafios isso fica mais evidente.
        Creio que a solução é tentarmos imitar o máximo possível Àquele que não só nos salvou para a eternidade, mas para relacionamentos redentores. E Ele deu o exemplo em tudo que fez e não foi diferente nos relacionamentos que teve, principalmente com seus discípulos.
        Paulo teve problemas com isso, ele se desentendeu com João Marcos e com Barnabé em pleno serviço do mestre. Ele precisou aprender que não é fácil fazer prevalecer em nós à prática do Evangelho, mas foi evoluindo nesse aspecto da sua espiritualidade. Outros seguidores de Cristo tiveram problemas com isso tanto na Antiga Aliança, quanto na Nova e também na história em geral.
       Nós notamos que nos nossos loucos e corridos dias não diferente. Hoje tem até empresários investindo nessa capacitação, pois perceberam que não adianta ter somente um bom profissional, mas também um ser humana humanizado para construir bons relacionamentos no ambiente de trabalho levando a empresa a produzir mais.
        Acredito também que não devemos ter medo e fugir dos relacionamentos, porque é exatamente se relacionando com os princípios do Evangelho que encontraremos a libertação das nossas fraquezas e seremos mais semelhantes a Jesus.

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Estação da Recrucificação do Senhor



O Peregrino diz... “Sempre que ia a missa tinha muito medo de ver o Senhor morto atrás de uma vitrine. Gostava mais de ver a arquitetura e as imagens de alguns santos do altar, principalmente os que carregavam uma criança no colo. Depois que conheci O Cordeiro, passei a amar mais sua presença constante que a história de sua crucificação. Mas em minha devoção percebia que quando pecava não me satisfazia em lhe pedir perdão pelo mesmo pecado apenas uma vez. Dependendo do tamanho do pecado tinha que fazer muitas orações de confissão para me sentir aliviado. Até que lendo com mais atenção o irmão Paulo fui liberto desse mal”

        Nossa espiritualidade começa primitiva e vai evoluindo, à medida que buscamos crescer no Evangelho. Uma das áreas que mais vejo dificuldade em evolução é em relação à confiança no perdão de Deus. A fé meritória é uma das maiores inimigas dessa confiança, pois para muitos sem obras não há perdão, as obras são a moeda de compra do mesmo. Eu mesmo já fui assim.
        É muito comum encontrar em meus aconselhamentos e escutatórias por ai, irmãos que sempre perguntam: “pastor, o senhor acha que Deus me perdoou mesmo?” O olhar de aflição a espera de uma resposta positiva é de doer a alma. E o pior, é que mesmo que afirme que sim, a pessoa ainda não demonstra tanta certeza da liberação desse perdão.
        Algumas pessoas chegam a fazer terapia até conseguirem tomar posse do perdão de Abba que é totalmente 0800. Sofri muito tempo com esse equívoco em minha peregrinação em busca da paz com Deus. Tive noites sem sono pensando que não tinha mais minha salvação em Cristo. Lembro-me de uma dessas crises em que clamei a Deus que Ele não permitisse que Jesus voltasse até eu me resolver no assunto. Pura ingenuidade, falta de conhecimento e confiança em Deus.
        A frase que mais explica isso é a recrucificação do Senhor. É isso mesmo, não aceitar o Seu perdão é recrucificá-lo. É costurar o véu que foi rasgado de alto a baixo, é dizer aos céus que eu não acredito, na prática, na eficácia da obra vicária de Cristo Jesus, é voltar ao velho, quando o novo esta bem diante de nós.
        Creio que o caminho da paz para essa guerra é o descanso contínuo no entendimento e no exercício do Evangelho que simplesmente confessa e deixa. É buscar andar como crianças para a maldade e adultos para os frutos do Reino, pois no mundo nos ensinaram o contrário. É simplesmente crer que Ele perdoa mesmo! Quando se busca de coração quebrado e disposto a mudar a rota para viver o mais próximo do que Ele viveu. Só assim não o colocaremos na cruz novamente, mas em nossos corações mais e mais, até a plenitude do Seu Reino entre nós.

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

sábado, 22 de setembro de 2012

Estação da Espiritualidade Fã


Diz o Peregrino... “Desde menino sempre fui admirador de grandes celebridades do futebol, da arte e da política. Eu os via como divindades, pensava que eles eram pessoas acima dos mortais. Mas graças a Deus que a vida foi me desiludindo a respeito disso e deles, principalmente depois que conheci o Emanuel”.

Foi o reformador João Calvino quem disse que “o coração humano é uma fábrica de ídolos”. Estou com ele nessa, pois vejo isso no ser humano, principalmente em mim. Como é difícil derrubar todos os ídolos do coração e da vida. Outro dia li no livro Espiritualidade Bíblica de Paul Steven e Michael Green no capítulo O Discípulo, o primeiro autor dizer que: “Um dos grandes problemas da cristandade moderna são os seguidores de seguidores”. Vou chamar essa espiritualidade usando uma expressão de um amigo que sem querer me sugeriu: “Espiritualidade fã”.
        Na denominação que hoje faço parte, encontrei quando aqui cheguei, um hábito que achei e ainda acho, no mínimo, estranho. Algumas pessoas tem o costume de perguntar para a secretária ou aos responsáveis pelo culto quem vai ser o pregador do mesmo, de acordo com quem seja, elas vão ou não ao culto daquela igreja ou procuram outra, o que é menos mal. Vejo nisso algo preocupante e muito juvenil, pois é uma espiritualidade fã, bastante danosa e refém de uma doença grave,  algo que não reflete nem de longe o Evangelho de Jesus Cristo. Também vejo essa linha de espiritualidade em outras denominações pelas quais passei e outras que ouço sobre o mesmo mal de amigos que lá estão e veem isso.
        Lembro que no começo da minha caminhada cristã a vinte e um anos atrás, não ouvíamos sobre esse tipo de comportamento com tanta frequência, era coisa rara. Se bem que esse parece ser um comportamento antigo no meio do povo de Deus. Basta olharmos para a igreja de Coríntios, havia quem seguisse Paulo, Apolo, Pedro e outros. Mas creio que hoje isso está mais acentuado, por vivemos em um contexto muito hedonista e também por causa da influência de um dos deuses dos nossos dias, o deus glamour.
        Quem vive seguindo esse deus precisa de referências no assunto e nada melhor do que pessoas de carne e osso que tome o lugar dele diante dos olhos. Lógico que ter referencias não tem nada de mais, desde que essas referências não sejam um fim em si mesmo. Creio que o remédio para esse tipo de espiritualidade vem da frase de um pastor pentecostal e amigo meu que outro dia a ouvi bradar em um de seus sermões fervorosos: “Viva a grife de João Batista!”.
        Precisamos da espiritualidade de João. Que entra em cena na hora que tem que entrar e sai quando tem que sair, afirmando com certeza e consciência da missão que se tem: Que Ele cresça e eu diminua! Só assim seremos curados dessa espiritualidade fã que só adoece a vida de quem a abraça e de quem abraça o que a abraçou, gerando um círculo vicioso de vida de ouvinte e não de discípulo praticante do Evangelho.
        Minha oração é que Deus traga arrependimento a quem está trilhando esse caminho que Jesus jamais daria o seu aval, pois Ele sendo Deus se fez servo e homem a ponto de os que viviam a espiritualidade fã dos seus dias não tiveram olhos para ver e ouvidos para ouvir o Messias que estava diante deles. Livra teu povo Abba desse mal em nome de Jesus. Amém!

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

sábado, 11 de agosto de 2012

Texto da Semana

     "Digo a vocês de uma vez por todas que, se não começarem do princípio, como crianças, não terão a chance nem de ver o Reino, muito menos de entrar nele. Quem se tornar simples de novo, como esta criança, será o maior no Reino de Deus. Além disso, quando vocês recebem os que se fizeram crianças por minha causa, é como se estivessem recebendo a mim... Tomem cuidado para não tratar com arrogância um único desses que são como crianças. Vocês devem saber que os anjos deles estão em contato permanente com meu Pai no céu"

 JESUS DE NAZARÉ

 (Mt. 18.2-5 e 10)

terça-feira, 31 de julho de 2012

Estação da Beleza da Simplicidade



Diz o peregrino... “Desde pequeno sempre gostei de coisas simples e bonitas. Aprendi isso com vários tipos de pessoas, lugares, coisas, culturas e na criação. Todos me ensinaram sobre a beleza da simplicidade. Desejando crescer nesse aprendizado vi que só o saciaria em alguém muito maior do que tudo que já tinha visto. Foi nesse momento que fui encontrado por Ele”.

     Sou um matuto urbanizado de Bom Conselho papacaça, terra de Pedro de Lara, do coronel Zé Abílio, que era padrinho de lampião. Terra do meu avô Valdemar, que muito marcou minha infância. Meu nome começa com José porque nasci laçado e por lá, onde nasci, se cria que quem nasce laçado deve ter no primeiro nome José para os homens e Maria para as mulheres.
            Gosto muito da cultura matuta e urbana, pois sempre encontrei nelas, muita sabedoria e simplicidade, mesmo em meio a tantos mitos e inverdades que esse povo carrega por ser parte da humanidade caída, filhos do primeiro Adão, como outros o são também. Lembro de um matuto falando sobre um menino travesso que viu traquinando, ele disse: “se num indireitá agora, depois que o pescoço indurecer vai dá trabai!”Lembro também que na cultura urbana da urgência aprendi a ver a, também urgente, fome do Evangelho nas vidas feridas pela tirania do deus Mamon, que faz milhões de seguidores a cada dia. 
            A simplicidade desse povo sempre me encantou não só por causa da objetividade, mas também pela beleza que ela traz. Lembro que a época que mais me enternecia era o natal. Ficava ansioso para ver as luzes e a manjedoura, tinha vontade de entrar nela e ficar brincando com todos que faziam parte daquele que foi o momento mais divino da história. Nos parques da cidade vi famílias brincando e comendo pipoca despretensiosamente, sem medo do tempo.
            Só que depois que crescemos, vamos ficando “adultos”, e como bem disse Richard Foster: “Passamos a querer ter mais razão do que ser feliz”. E nesse caminho da razão com pouco coração, a vida vai complicando e ficamos só com a lembrança de uma vida simples e tão proveitosa.
            Outro dia pedi a Deus para me reapaixonar pela Bíblia e recebi a dica do meu mano-amigo pastor Daniel que me falou da tradução da Mensagem para o português, que já conhecia no livro: Uma Vida com Propósito. Louvo a Abba porque além do entendimento ser muito redentor, encontrei um ninho para voltar à beleza da simplicidade.
            Entrei na faze dos “enta” que só terminará aos cem anos, mas sou de uma geração que dificilmente vai ver alguém com essa idade, mesmo com todas as ciências de rejuvenescimento, pois o que se produz contra nossa “sobrevivência” é bem maior. Por isso, precisamos construir tesouros no céu como nos mandou Emanuel.
            Hoje O Evangelho me falou, na versão da Mensagem, com sua simplicidade persuasiva e bela narrado pelo evangelista Mateus: “Prioridades em primeiro lugar! Seu compromisso deve ser com a vida, não com a morte. Siga-me! Busque a vida!” (8.22). Dá-nos ouvidos para ouvir e um coração disposto a correr esse caminho Abba, por teu filho amado Jesus Cristo, para que a vida entre nós e ti e entre nós mesmos, se torne mais simples e bonita!!!
Valdemar Santana
Mais Um Peregrino
           
           
            

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Versículo da Semana

"Tudo que a lei contra o pecado conseguiu fazer foi produzir mais gente que desrespeitasse a lei. Mas o pecado não teve nehuma chance de competir contra o perdão poderoso que chamamos "graça". Na disputa entre o pecado e a graça, a graça vence com facilidade. Tudo que o pecado pode fazer é nos ameaçar contra a morte. Já a graça, uma vez que Deus está consertando as coisas por meio do Messias, nos convida à vida - uma vida que continua para sempre, que jamais terá fim".

Paulo de Tarso

 Rm. 5.20-21 ( A Mensagem )

segunda-feira, 26 de março de 2012

Frase da Semana


"O problema das crianças é que elas crescem e ficam como a gente" 
 Chico Anísio


Por isso creio que precisamos ensiná-las a ser como Jesus

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

terça-feira, 20 de março de 2012

Estação das Casas Mal Assombradas

Diz o Peregrino... “Quando bem pequeno via o mundo como um lugar encantado onde as pessoas eram solidárias e misericordiosas, até que fui conhecendo o mal em suas várias faces e locais. O lugar em que menos o queria era dentro da minha casa, mas lá ele foi crescendo e tornando aquele que era para ser um ninho de aconchego, um local mal assombrado. Graças a Deus que o Leão de Judá entrou e até hoje está fazendo grandes mudanças, principalmente desassombrando tudo por dentro e por fora”.
     Eu sempre pensei que essa coisa de casa mal assombrada era ficção ou até mesmo crença popular, mas na minha experiência de vida cristã, não cristã e até na caminhada pastoral tenho feito uma releitura dessa questão. Hoje eu creio que tanto o mal quanto o bem podem fazer uma grande diferença nas pessoas e até nos ambientes, pois existem locais que de tanto mal que ali se praticou fez-se mudar a temperatura ambiente. Recentemente no Discovery Channel saiu uma reportagem sobre isso. Até a ciência, via física quântica, reconhece esse velho fenômeno.
      Existem pessoas que até as plantas sentem sua sobrecarga malígna, elas conseguem provocar a ira dos animais e desestabilizar quem estiver ao seu redor, isso parece mentira, mas é pura verdade. Basta você começar a olhar a vida sem misticismos inúteis e sem racionalismos estéreis, mas como bem ensinou Pascal “com a mente e o coração”.
     O contrário também é verdadeiro, se nos deixarmos usar por Deus em Cristo Jesus, no poder do Espírito Santo, podemos levar para as pessoas e os ambientes o melhor de Deus que é o fruto do Evangelho. Já entrei em casas e outros locais onde a paz era tão latente que deu vontade de ficar ali por um bom tempo desfrutando da brisa celestial que invadia minha alma.
     São Francisco de Assis, quando foi ficando mais sábio que no princípio, para alguns mais velho e louco, foi se tornando amigo dos animais e eles gostavam de se aproximar dele para desfrutar a paz que aquele peregrino do Evangelho tinha e partilhava não só com os animais mas com quem se aproximasse do mesmo. Há quem diga que sua presença em determinados locais promovia paz e harmonia em pleno silêncio.
     Por outro lado, infelizmente, encontro alguns que não querem voltar para sua própria casa, pois lá não se sentem aninhados, mas opressos pelo poder do mal que governa aquele lar. Minha casa já foi assim, já passei pela experiência de não querer voltar para casa dos meus pesadelos.
     Há até “igrejas” que foram possuídas por tal maldição, por deixarem a simplicidade do Evangelho e venderem-se ao poder destruidor de Mamom, a potestade do cifrão que promove a ansiedade e a divisão, e o pior, é que isso é feito em nome de Deus. Nesses vinte anos tentando seguir a Cristo já testemunhei muita coisa boa e ruim dentro da igreja.
     Precisamos encarnar o Evangelho de tal maneira que Ele não seja apenas uma teologia, doutrina ou dogma sistematizado e não internalizado. “O Verbo se fez carne e habitou entre nós para que, guardadas as devidas proporções, façamos o mesmo!”. Fazendo isso, deixaremos de ser zumbis que assombram a vida como um todo e passaremos a ser o que Deus planejou, imagem e semelhança Sua em Cristo Jesus, desassombrando a nós, as pessoas e os locais por onde formos levando a boa notícia do Evangelho.
     Gosto da Nova Versão Internacional que no salmo 127.1 nos diz: “Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção. Se não é o Senhor que vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda” Pois como bem expos o Dro Russell Shedd: “O problema não é quando Deus põe a mão, mas quando Ele a tira.” Caminhemos na dependência de Deus por uma vida que resplandeça a luz de Cristo, pois só assim desassombraremos a vida como um todo.

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

terça-feira, 6 de março de 2012

Versículo da Semana

"Todavia, não me importo, nem considero a vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus".

Paulo de Tarso (At. 20.24) 

Esse é o desafio de todo discípulo!!!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Estação da Santificação pela Graça

Diz o Peregrino... "Fui convertido pelo amor avassalador de Abba aos 19 anos. Ele foi me buscar no submundo, nos porões da sociedade, onde vivem os zumbis. Experimentei o poder da Graça que liberta e fui caminhando nela com beleza, leveza e ternura de alma. Até que de forma sutil fui deixando aos poucos este caminhar pela graça para buscar uma santidade meritória e autocentrada. Adoeci e gerei muitas doenças, graças ao Pai estou voltando ao primeiro amor"

     Falar da graça de Deus encanta e assusta porque quando mergulhamos nesse presente de Deus para nós vamos descobrindo que ninguém ama como Ele ama e também passamos a ver Sua grandeza e nossa insiguinificância.
     Geralmente se começa por ela, mas facilmente se perde no decorrer do caminho, principalmente quando nos deixamos levar pelo veneno enganoso e sutil da religiosidade. Não é incomum encontramos pessoas chegando quebradas na igreja e com muita humildade buscando a mudança de vida que O Evangelho propõe e dispõe, mas o decepicionante é encontrarmos essa mesma pessoa um pouca mais a frente com um discurso contraditório ao do começo, trazendo em seu bojo um farisaísmo doente e adoecedor junto com um legalismo diabólico disfarçado de santidade góspel com todos os cacuetes da denominação que ela adotou, mas sem a transformação que faz do velho homem uma nova criação em Cristo Jesus.
     Quem não passou por esta fase? Eu mesmo já passei e ainda estou me libertando de muitos fantasmas desta época escura da minha vida cristã. Graças a Cristo que depois de passar por alguns desertos e perceber que esta perspectiva não me serviu para nada, me libertei e estou me libertando dela. Com já disse C. S. Lewis: "Os desertos queimam as pelhas e secam as águas turvas e só permite que fiquem os pastos verdes e as águas de descanço"
     Isso se dá até mesmo em fatos simples da vida. Lembro de uma conversa que tive com minha esposa quando namorávamos ainda namorados - hoje namoramos casados, pense!!! - em que ela disse a sua irmã que iria tirar carteira de motorista: "No começo você vai ficar muito rigorosa com as leis de trânsito, depois vai se flexibilizar mais".
     Foi essa a exortação de Paulo aos cristãos da galácia que começaram pela graça e não satisfeitos nela, resolveram trilhar um velho caminho desfuncional, o da lei. Creio que nos convertemos pela graça e também nos santificamos por ela e que os melhores professores desse caminho, depois do nosso salvador e irmão mais velho Jesus, são as crianças. Estava de férias estes dias e no sítio de um amigo depois de descanço e passeio no campo no meio da criação do nosso bom Deus, antes do almoço pedi para minha filha de dois anos e oito meses orar pela refeição e assim ela o fez: "Papai do céu obigado pelo dia, pelo comê comê e pelo patinho. Amém!" Ficamos todos comovidos, quebrantados e sorridentes fomos ao almoço suculento experimentando o que Brennan Manning chama de fruto da vida que vive pela graça que são a Confiança e a Gratidão.
     Os "leigos", que não tem os grilos do academicismo teológico na mente, também são, as vezes, excelentes professores desse caminho também. Outro dia ouvi de um amigo meu, grande pregador do Evangelho e mestre em teologia, além de profundo conhecedor dos originais, uma história de uma visitação que fez a uma senhora. Chegando lá havia duas cadeiras, uma de balanço que a senhora estava sentada e outra comum. O meu amigo foi sentar na que estava desocupada e a senhora disse: sente nessa não pastor vá buscar outra lá dentro. Ele foi e sentado na outra cadeira fez o exercício pastoral da visitação e perto do fim da conversa ele perguntou: minha irmã por que a senhora não me permitiu sentar nessa cadeira? Ela logo respondeu, meu pastor, essa cadeira é de Jesus, toda tarde eu peço para ele sentar aqui comigo e então nós conversamos muito, ele é o meu melhor amigo pastor! Meu amigo pastor saiu daquela visita mais pastoreado do que foi pastorear e me segredou: "Valdemar eu nunca tive uma aula de intimidade com Deus tão profunda!!!
     É assim que creio que podemos caminhar sem se perder dentro da igreja ou até mesmo dentro daquilo que pensamos ser um caminhar cristão sadio, quando na verdade nada mais é do que doença com cara de remédio que é pior do que a doença explícita de amigos que tive da época da doideira na adcição das drogas, pois aquelas pelo menos eram doenças sinceras. Que Deus nos livre do mal de começar pela graça e voltar ao vômito do mérito próprio que rouba, mata e destrói. Façamos o contrário, suigamos a Cristo sempre, pois Ele mesmo disse: "Eu Sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim de todas as coisas".

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino