Diz o Peregrino... "Sempre fui desafiado a me apaixonar, desde que atingi a idade da razão, pois antes disso não tenho muitas memórias de minhas paixões, a não ser as de família. Mas confesso que nenhuma dessas paixões que lembro me satisfez plenamente, até que cansado disso, encontrei alguém que decidi me apaixonar para o resto dos meus dias".
Não tenho dúvidas de que paixão é uma grande motivação para se viver. Passar pela vida sem se apaixonar, é passar pela vida e não provar o que já moveu muita gente a fazer coisas grandiosas, boas e ruins. Dificilmente alguém não se encantou e desencantou com o poder avassalador de uma paixão, correspondida ou não.
Há quem se apaixone por ideologias, coisas, metas, personagens marcantes e até por pessoas que nos marcam nos encontros e desencontros da existência. Ninguém está totalmente livre do risco de viver uma grande paixão.
Sempre fui um apaixonado, desde criança, tudo que fazia tinha que ser com meu ser inteiro envolvido no processo. Me machuquei muito e também feri quem entrava comigo nessa onda ardente. Me apaixonei por coisas, pessoas e utopias que criei para aliviar minha dores internas e externas, até por drogas já me apaixonei. Lembro de um dia que estava conversando com um baseado de maconha. Eu lhe dizia: "mano véi tu é muita onda." LOUCURA!!! - rsrsrsrsrsrsrsr
Depois que encontramos a Cristo na vida percebemos, dentre muitas coisas, que as paixões que antes nos comandavam passam a não ter mais tanta força e algumas chegam até a morrer, para glória de Deus. Ultimamente tenho relfetido sobre a necessidade de me apaixonar mais por Ele e lendo um livro fabuloso, que não é do Fabiano da seleção brasileira, mas de Alister E. McGrath: Uma Introdução à Espiritualidade Cristã. Mais especificamente no capítulo sete onde ele traz alguns textos de espiritualisatas ao longo da história da igreja, dentre eles Tereza de Ávila, Inácio de Loyola, Francisco de Assis, Martinho Lutero, Agostinho de Hipona e outros. Onde somos desafiados a crescer na fé que envolve a mente e o coração.
Ludolfo da Saxônia é um deles, ele propõe que entremos nas Escrituras nos envolvendo com ela, e aí ele diz que devemos nos ver nas cenas dos textos lidos. Ele nos manda ler a cena do calvário com Cristo diante de nós. O que Ele nos diria e o que nós diríamos a ele? Diante de tal pergunta, pensei que ele me diria: "Eu vim te buscar" e lhe diria com a alma quebrada e enternecida "enfim te encontrei, vamos". O Cristo da Cruz é hoje minha maior paixão, tento voltar a Ele toda vez que a vida tenta me cansar, só tenho um convite a fazer, vamos juntos nos apaixonar por alguém que vale a pena?.
Valdemar Santana
Mais Um Peregrino
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