FRASE DA SEMANA

"O orgulho pode nos levar a nos transformarmos em substitutos para Deus". James Houston

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Estação do Deus Menino

 

Diz o Peregrino..."Quando eu era criança sempre me senti atraído pelo Menino da manjedoura. Depois me ensinaram tantas coisas sobre Ele que fiquei confuso, logo procurei esquecer minhas idéias "lúdicas" a respeito do menino. Mas no fundo do meu coração eu não o esquecia".











No último domingo, na comunidade que pastoreio e sou pastoreado, preguei sobre O Deus Menino, tentei mostrar que Deus foi se revelando progressivamente na história da humanidade e principalmente, no seu povo, quando por fim Ele resolve entrar na história humana de forma mais direta. É quando o verbo se fez carne e habitou entre nós.
Nossa mente com suas multiplas inteligências, porém limitada, nunca copreenderá o tamanho e a profundidade desse mistério, A Encarnação de Deus em Cristo Jesus. A imagem do Deus Menino não sai da minha cabeça. Eu sempre me emociono ao ver a cena, e olhe que não temos nem de longe a idéia do que foi aquela estrebaria.
O espiritualista Henri Nouwen nos pergunta: Que ameça faz uma criança? Creio que esse Deus que se revela, também, menino, é a mais plena expressão do amor que O Abba Pai sente por nós. Ou como já disse a música de Stênio e Edmilson Nogueira, que foi interpretada de forma singular por João Alexandre: Tu já foste indefesa criança não consigo entender, como pude tomar-te em meus braços e envolver o teu ser... E pensar que algun dia te enbalei nos meus braços Jesus! A canção é uma interpretação da perspectiva de Maria vendo Jesus crescer mesmo sabendo quem Ele era.
Que Neste Natal nos lembremos que essa festa é mais que um natal comercial e histórico, o Natal só tem sentido se for existencial, precisa existir um dia da minha vida em quê o Deus Menino tenha vindo morar no meu coração: "Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. Ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz" - Is. 9.6 NVI.  Crieo que não haveria dia mais representativo para isso acontecer. Coloquemos todos os nossos sonhos na manjedoura, pois lá eles serão bem acolhidos- Jesus é o Natal!!!

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Dica de Leitura


Livro maravilhoso! Diante de tantas propostas de espiritualidade, enfim, uma mais focada na palavra do que diante de terrenos movediços da imaginação humana. Paul Stevens & Michal Green, dispensam apresentações para quem esta ligado na boa literatura cristã. "Green diz que um dos problemas graves da modernidade cristã são os seguidores de seguidores deixando de lado a suficiência de Cristo. E o Stevens nos ensina que para entendermos esta perspectiva, precisamos de toda a Escritura, não de uma parte somente". Deliciem-se e partilhem. BOA LEITURA!!!

 Valdemar Santana
Mais Um Peregrino 
Foto extraída do site. www.editorapalavra.com.br

Estação da Humilhação


Diz o peregrino... "Já experimentei vários tipos de humilhação: em casa, no trabalho, em meio aos amigos, colegas e até em lugares que ninguém me conhecia. Isso sempre me fez mal, muito mal. Até ser humilhado diante de Deus. Nossa! Nunca imaginei que encontraria tanta paz!!!"








A humilhação é uma estação que sempre tentamos driblar, mas que ensiste em nos alcançar por bem ou por mal, "geralmente por mal". Todo mundo em algum momento da vida já foi humilhado, há quem fique amargo e quem fique doce ao passar por esta estação.
Ser humilhado diante dos homens além de constrangedor, geralmente nunca é terapeútico, pois parece que quem nos humilha sente-se por cima, o que nada tem a ver com os valores do Reino, pois não se vê a humilhação como Deus vê.
Perante o Abba Pai a humilhação é uma estação de cura, por isso entendemos a recomendação do Peregrino Pedro: "Portando, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido" I Pe. 5.6 - NVI. A paz é garantida por dois motivos. 1) Por ser diante de Deus, alguém que não tem absolutamente nenhum interesse em nos fazer mal, só o bem e que não precisa projetar nada sobre nós, pois é suficiente em si. 2) Por termos a garantia de ser mais uma estação passageira e que traz em si a certeza de que, no tempo devido, a exaltação virá, o que também é diferente do mundo.
  "Assim na minha humilhação diante do Pai Amado descancei e encontrei a cura de muitos males com a certeza de que não encontraria em nehuma outra estação"
Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Carta aos Peregrinos

  Diz o peregrino...  É com muita alegria que transcrevo esta carta do Caio no meu bloger. Creio que ela falará com muita clareza e graça aos nossos corações, algo natural ao autor. Boa Leitura!!!
CARTA AOS PEREGRINOS...

A fé é a esperança que ousa viver com as consequências da confissão!
 

CARTA AOS PEREGRINOS
 A fé é a firme fundação das coisas que nós esperamos, e carrega em-si-mesma a prova das coisas que não se veem... pois nela tais coisas preexistem a si mesmas como coisas.
 Foi por meio da fé que os homens da antiguidade alcançaram bom testemunho para si mesmos diante de Deus.
 Tudo aquilo do que nós nos apropriamos sem o auxílio dos sentidos é fé.
 Por isto é que entendemos que todos os mundos foram criados pela Palavra de Deus; de modo que aquilo que chamamos de visível foi feito daquilo que não está disponível aos sentidos.
 É a fé que estabelece a verdade das coisas diante de Deus.
 Sabemos isto desde o princípio, pois, foi pela fé que Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício que Caim. E foi também por meio da fé que Abel alcançou o testemunho de que era justo, pois, a fé dava verdadeiro significado às suas oferendas. Foi ainda por causa da fé que Abel, mesmo estando morto, ainda fala hoje.
 A fé imerge o homem num ambiente onde tudo é possível, sobretudo, porque a comunhão com Deus faz supressão definitiva de todas as categorias ligadas ao domínio do possível ou do impossível.
 Por esta razão da fé é que sabemos que Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não foi achado, porque Deus o trasladara; pois antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus por meio da fé.
 Enfim, sem fé é impossível agradar a Deus.
 Deus tem que ser visto como Aquele que existe, e que é galardoador dos que o buscam. E isto, só acontece se houver fé. Pois sem fé, quem esperaria galardão do que não existe? Ou ser premiado por alguém a quem não se vê?
 Os maiores marcos da História Universal aconteceram por meio da fé.
O mundo da Antiguidade foi afogado nas águas do Dilúvio. Começou um novo mundo. Mas quem passou do antigo mundo para o novo, o fez por meio da fé.

 Assim foi que pela fé, Noé, divinamente avisado pela voz de Deus acerca das coisas que ainda não se viam como fato ou sequer como possibilidade, sendo temente a Deus, preparou uma arca para o salvamento da sua família.
 A fé que salvou Noé foi a mesma que condenou o mundo antigo.
 Desse modo, o homem que passou de uma era para a outra, e tornou-se herdeiro da justiça que preservou a humanidade, obteve o seu próprio futuro e também o nosso, por meio da fé.
 A fé se fez História.
 Foi por meio da fé que onde não havia nenhuma história para a percepção dos homens, Deus estava fazendo a História, a qual a história humana não reconhecia, enquanto ela acontecia.
 A História de Deus com os homens acontece primeiro no coração, onde é a residência da fé.
 Foi pela fé que Abraão, um total desconhecido, sendo chamado por Deus, obedeceu; saindo para um lugar que havia de receber por herança; e partiu sem saber para onde ia. Ninguém sabia dele, senão somente Deus!
 Pela fé Abraão peregrinou pelo chão da terra como quem anda sobre a promessa. Vivia como em terra alheia no chão que, pela fé, ele sabia que já era seu, sendo, ironicamente, o dono daquilo que ainda não podia possuir; habitando em tendas com Isaque e Jacó, seus descendentes, e herdeiros com ele da mesma promessa. De fato, Abraão esperava a cidade que tem Fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é o próprio Deus.
 Foi também pela fé que a própria Sara, sua mulher, recebeu a virtude de conceber um filho, mesmo que totalmente fora da idade. Isto porque ela creu que Aquele que lhe havia feito a promessa de gerar um filho, era Deus fiel para cumprir o prometido.
 A fé é pura ironia...
 Afinal, é de Abraão, um velho amortecido em sua potência masculina, que descenderam tantos filhos... Em multidão... Como as estrelas do céu... E como a areia inumerável que está na praia do mar!
 A fé é a esperança que ousa declarar-se e viver com as consequências da confissão!
 Ela se contenta na certeza de que aquilo que ainda não se materializou ou se realizou, todavia, já é.
 Desse modo é que todos acerca dos quais falamos, morreram na fé, sem terem, entretanto, alcançado a materialização histórica das promessas a eles feita por Deus.
 Eles, todavia, viram a realização das promessas com os olhos da fé, tendo acenado para elas mesmo que de longe, pois sabiam que nenhuma promessa se totaliza na Terra. Eles, pois, viam-se e confessavam-se estrangeiros e peregrinos na Terra.
 Daí o tratarem a imaterialização plena do prometido com tanta paz e serenidade: eles aguardavam a materialização de tudo nos ambientes onde a matéria é feita daquilo que não se corrompe.
 Isto porque quem age como um peregrino—um hebreu— demonstra estar buscando outra pátria.
 E esse tal, só não anda direto para a sua pátria final por não lembrar-se daquilo que já sabe. Pois, se na verdade, se lembrasse daquela pátria de onde saiu, voltaria para ela imediatamente.
 Esta é a estranheza...
 Os homens mais cheios de fé, e os mais esperançosos que já viveram na Terra, não tinham aqui o fundamento de suas esperanças finais. Ao contrário, eles sempre desejaram uma pátria melhor, isto é, a pátria celestial.
 Esta é a razão de Deus também não se envergonhar deles—e a prova disto está no fato Dele se deixar chamar de Deus por eles e para eles.
 E ainda mais: o próprio Deus já lhes preparou uma cidade, visto que eles confiaram a Deus a construção de sua pousada eterna.
 A fé é incompreensível...
 De que outro modo poderíamos olhar o drama paterno de Abraão sem nos escandalizarmos?
 Foi exclusivamente pela fé que Abraão, sendo provado por Deus, num convite à loucura e à violação de todos os seus instintos, ainda assim ofereceu Isaque, seu filho, ao próprio Deus!
 Sim! Ia mesmo oferecendo o seu único filho, aquele filho que era o objeto das promessas, e acerca de quem se havia dito: Em Isaque será chamada a tua descendência...
 Sim! Julgando que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar, levou-o para ser sacrificado.
 Deus não o permitiu.
 Mas viu que no coração de Abraão, Isaque havia sido oferecido, e, portanto, era como se tivesse sido imolado e morrido. Daí foi que também, ainda que figuradamente, Abraão recobrou seu filho de dentro da própria morte, como na ressurreição dos mortos.
 A fé carrega em si a semente da ressurreição!
 Pela fé Isaque abençoou seus filhos Jacó e a Esaú, no tocante às coisas futuras, e que se tornaram tão reais e efetivas, que fazem ainda hoje parte de nosso presente.
 A fé fala do futuro. Foi por esta razão de fé que Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou a Deus, inclinado sobre a extremidade do seu cajado.
 Ele andara pela fé, o cajado apenas se sustentara em razão da fé que levou Jacó a adorar a Deus pelo passado, pelo presente e pelo futuro.
 A fé se projeta de tal modo como certeza e confiança para o futuro, que, pela fé, José, bisneto de Abraão, estando próximo da morte, afirmou que os filhos de Israel sairiam do Egito num Êxodo. E em razão disto é que deu ordem acerca de seus próprios ossos, afirmando que desejava que fossem levados de volta para a terra da promessa.
 A fé invade o ser humano de tal modo, que ele fica possuído com a certeza do conhecimento Daquele que fez as promessas. Daí ser também sempre acompanhada por maravilhas.
 E não somente isto, a fé se mostra também como inexplicável desígnio.
 A vida de Moisés nos mostra isto. Ele era menino numa terra e numa hora em que todos os meninos de seu povo eram mortos ao nascer. Mas foi pela fé que os seus pais, logo após o seu nascimento, ao verem-no, decidiram escondê-lo. Ele mamou e viveu escondido por seus pais durante três meses, porque viram que ele era um menino formoso.
A fé também se serve da formosura. Por isto, tomados de fé, os pais de Moisés não temeram e, desobedeceram ao decreto do rei.
 Foi a fé que fez Moisés, sendo já homem, decidir recusar ser chamado filho da filha de Faraó. Foi também pela fé que ele decidiu comungar a dor de seu povo, ser com ele maltratado como o povo de Deus, antes que entregar-se no Tempo, ao gozo do pecado de não ser quem sabia que era.
E entendeu isto quando, considerando todas as riquezas do Egito, viu-as como incomparavelmente menores que a Graça da riqueza de ser parte do opróbrio de Cristo.
 E seguiu com o povo de Deus porque tinha em vista a recompensa.
 Foi por isto que se deixou constranger por Deus a fim de liderar o povo nos dias daquela peregrinação.
 A fé tira o medo, pois foi pela fé que Moisés deixou o Egito, não temendo a ira do rei.
 Ele não temeu porque a fé o fez vê firmemente Aquele que é Invisível.
 A fé promove confiança no amor de Deus. Foi por essa razão que pela fé Moisés celebrou a páscoa e a aspersão do sangue sobre as casas dos hebreus, para que o destruidor dos primogênitos não lhes tocasse, enquanto morriam todos os demais primogênitos na terra do Egito.
 A fé vê caminhos onde não há caminhos. Por isto é que os israelitas atravessaram o Mar Vermelho, como quem caminha por terra seca. Mas os egípcios tentaram imitá-los fazendo o mesmo caminho, e foram afogados.
A fé não se preocupa com fraqueza, mas com certeza.

 Ou não lembram que foi pela fé que caíram os muros de Jericó, depois de rodeados por sete dias?
 Ou também não foi a fé que fez Raabe, a meretriz, decidir acolher em paz aos espias de Israel, e se associar a eles, tendo sido desobediente e traidora aos olhos dos seus, mas justificada em fé junto com o povo de Deus?
 E que mais direi?
 Faltará a mim o tempo, se eu contar de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas...
 Todos eles, por meio da fé, venceram reinos, praticaram o que sabiam ser a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram forças, tornaram-se poderosos na guerra, puseram em fuga exércitos estrangeiros!
Houve mulheres que pela fé receberam de volta à vida, como Graça da Ressurreição, os seus queridos que estavam mortos!

 A fé também não conhece adversativas e nem adversidades que sejam maiores do que ela. Por esta razão, enquanto uns venciam diante de Deus e dos homens, outros venciam em profunda solidão, sendo vistos, em sua justiça e verdade, somente pelos olhos de Deus.
 Assim, uns foram torturados, não aceitando negociar seu próprio livramento violando qualquer condição de consciência, porque criam que haveriam de alcançar uma melhor ressurreição.
 Houve outros que experimentaram escárnios e açoites. E houve muitos que conheceram o interior frio e abandonado de cadeias e prisões!
 E que dizer dos que foram apedrejados?
 E o que falar dos que foram terrivelmente tentados?
 Ou deveríamos mencionar os que foram serrados ao meio?
 Ou, quem sabe, os que morreram ao fio da espada?
 Ou deveríamos mencionar os que andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados?
 Saiba-se isto: eles eram os homens dos quais o mundo não era digno!
 Lá iam eles andando em fé, errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra!
 E o mundo não os via...
 A fé, entretanto, não se basta a si mesma. Ela encontra sua abastança absoluta não em si mesma, mas fora de si mesma. Ela realiza o impossível, só não realiza o impossível de se satisfazer em si mesma.
 Por isto é que todos acerca dos quais falamos, embora tendo recebido bom testemunho pela fé que tiveram, contudo não alcançaram a materialização da promessa em sua época.
 E a razão é que Deus preparara algo muito melhor para nós, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.
 A fé irmana a todos os seus filhos, e os faz verem-se como irmãos, andando no mesmo caminho, vivendo vidas diferentes e em tempos diversos, mas os faz verem-se, acima de tudo, como sendo todos beneficiários do mesmo Deus e da mesma Graça. Uns de um modo, outros de outro; uns sendo vistos, outros nem sendo percebidos; alguns recebendo galardão celeste enquanto conseguem vitórias entre os homens; outros, todavia, andam em profunda solidão, sem serem vistos por ninguém, mas sem desviarem-se do caminho, pois sabem que andam pela fé, e que nisto está sua justiça.
Assim diz o Senhor: o meu justo viverá pela fé, e se retroceder, nele não está o meu coração!

 O que acerca dos que creem, todavia, Ele diz é assim: Vão indo de fé em fé, cada um deles aparece diante de mim e verão a minha face!
 E assim, todos nós, com o rosto descoberto seguimos caminhando em fé, vendo a Glória de Cristo—ainda que em meros reflexos—, e somos, a cada dia, transformados em Sua própria semelhança, sendo esta a incessante obra do Espírito Santo em nós!
  
Caio
Extraído do site: caiofabio.com