O Peregrino diz... “Visitei a estação dos credos e confissões. Encontrei confissões de amor entre dois amores, confissões de fé das instituições religiosas, credos confissões, confissões das mágoas entre dois e entre muitos. Confesso que com tantas confissões fiquei quase sem ter o que confessar, mas aí...”.
A história das pessoas e das instituições é marcada por fatos que precisam ser mais que vividos e lembrados, precisam ser documentados. Temos vários tipos de documentos que validam ou não estas histórias. Documentos oficiais, particulares, religiosos etc. As confissões nem sempre são documentadas, imagine se todas as confissões de amor de casais fossem documentadas, quantos cartórios seriam necessários? Nas confissões e credos cristãos encontramos afirmações de suma importância para a fé. Elas tratam do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Da Igreja, do céu do inferno e tudo o mais. Há até quem faça uma análise-confissão das marcas da verdadeira igreja de Cristo na terra: Una, Santa, Católica, Apostólica. Outros afirmam que as marcas da verdadeira igreja são: A Fiel Pregação da Palavra de Deus e O Correto Uso dos Sacramentos. Perguntei a um teólogo amigo meu: Por que o amor não tem tanta evidência nos credos, confissões e marcas da igreja? Como bom teólogo ele respondeu: Meu amado, o amor esta nas entrelinhas desses documentos! Confesso que saí quase satisfeito, mas quase é pouco para explicar a nobreza do amor. A dúvida persistiu e o quase satisfeito não satisfez. Então resolvi mesmo diante de documentos importantíssimos como os credos, as confissões e até as marcas da igreja, propor um acréscimo a esses documentos, tendo em vista que eles não são inspirados a ponto de não poderem ser alterados ou melhorados e também sabendo que posso colocar minha cabeça a prêmio, mas quem ama não tem medo de perder o corpo queimado, quanto mais a cabeça. Cristo não coloca o amor nos apêndices de sua confissão. Ele resume toda lei em dois mandamentos. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Na Sua vida, ele faz questão de deixá-lo bem latente, visível e notório. Para Cristo o amor deve estar em primeiro lugar em qualquer confissão e modo de vida.Paulo diz que o cumprimento da lei é o amor (Rm.13.10 NVI). Santo Agostinho chega a afirmar, de forma escandalosa para os puristas, que quem ama pode fazer o que quiser. Como peregrino do evangelho da graça, confesso crer que estas últimas estações me deixaram mais satisfeito que as primeiras do amor das entrelinhas. E que este amor deveria vir antes de qualquer ponto em qualquer credo, confissão ou marca que a Igreja do Senhor Jesus possa ter, pois o amor jamais permitiria que a igreja cometesse os erros que todos nós estamos cansados de saber e às vezes até justificar, o que é total falta de amor. Portanto, amemos e que o resto venha depois, porque o amor é maior que a fé e a esperança. I Co. 13.13, e até maior que os credos e confissões.
Valdemar Santana.
Mais Um Peregrino!
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