O Peregrino diz... “Estava mergulhando em busca de uma espiritualidade profunda e compartilhei o desejo com outros peregrinos. Um deles me disse: cuidado com as heresias! Confesso que percebi um certo zelo na fala, mas não me dei por satisfeito com o fato das heresias estarem apenas no âmbito da confissão religiosa e ortodoxa. Então me perguntei. Pode alguém não ser herege na confissão e o ser no que pratica?”.
Esta, talvez pareça uma reflexão muito superficial, com cara de revistinha de escola dominical, com todo respeito. Mas é que pelo franco crescimento das seitas e também das reflexões teológicas, temos notado um grande uso do termo heresia.
Vem então alguns questionamentos. Ser um cristão de valores firmes está limitado ao fato de termos uma confissão “ortodoxa” que se encaixe com o que o espírito da época cristã determina? Ou vai além de um sobe e desce do parque de diversões do mundo das idéias teológicas? Volto a dizer, com todo respeito.
Afinal de contas, muitos “hereges” do passado, hoje são heróis. Se fossemos citar, a lista seria grande e ainda assim injusta. Heresia, em alguns casos, tornou-se uma palavra para ser usada com relação àquilo que não concordamos. Quando encontramos alguém que destoa das nossas “convicções”, logo taxamos, herege! Mas a pergunta que não quer calar é: “Onde está a heresia ou o herege?”.
Eu poderia responder dizendo que está no liberalismo teológico. Mas o que dizer daqueles que em nome do cristianismo ortodoxo mataram e instigaram outros a fazer o mesmo? Melhor será dilatarmos o nosso conceito do que seja uma heresia, se é que temos o direito de conceituar.
Então vamos tentar. Herege passa a ser todo aquele que confessa O Evangelho da Graça de Cristo, mas que não luta por demonstrá-lo em sua existência diária sem que para isso tenha que fazer marketing próprio. Para isso convocamos a religião de Tiago, irmão de Jesus: A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo. Sabendo o que isto significa.
Afinal de contas, como diria Santo Agostinho, principal teólogo da patrística, em Cidade de Deus: “Não pode saciar a fome quem lambe pão pintado”. Ser confessional sem ser prático é oferecer pão de plástico pintado com cara de que saiu do forno, mas que não passa de brincadeira de criança.
Portanto, a resposta é: É possível não ser herege na confissão e o ser na vida. Basta ser o que Cristo revelou de alguns fariseus; sepulcros caiados. Resta-nos crer que heresia não é só uma confissão que sai da melodia como notas desentoadas, mas também atitudes que fazem o mesmo. Lembrando o que Augustus Nicodemos ensinou em A Bíblia e a sua família: “a mensagem sempre é maior que o mensageiro”, por isso devemos perseguí-la!
Valdemar Santana
Mais Um Peregrino
Esta, talvez pareça uma reflexão muito superficial, com cara de revistinha de escola dominical, com todo respeito. Mas é que pelo franco crescimento das seitas e também das reflexões teológicas, temos notado um grande uso do termo heresia.
Vem então alguns questionamentos. Ser um cristão de valores firmes está limitado ao fato de termos uma confissão “ortodoxa” que se encaixe com o que o espírito da época cristã determina? Ou vai além de um sobe e desce do parque de diversões do mundo das idéias teológicas? Volto a dizer, com todo respeito.
Afinal de contas, muitos “hereges” do passado, hoje são heróis. Se fossemos citar, a lista seria grande e ainda assim injusta. Heresia, em alguns casos, tornou-se uma palavra para ser usada com relação àquilo que não concordamos. Quando encontramos alguém que destoa das nossas “convicções”, logo taxamos, herege! Mas a pergunta que não quer calar é: “Onde está a heresia ou o herege?”.
Eu poderia responder dizendo que está no liberalismo teológico. Mas o que dizer daqueles que em nome do cristianismo ortodoxo mataram e instigaram outros a fazer o mesmo? Melhor será dilatarmos o nosso conceito do que seja uma heresia, se é que temos o direito de conceituar.
Então vamos tentar. Herege passa a ser todo aquele que confessa O Evangelho da Graça de Cristo, mas que não luta por demonstrá-lo em sua existência diária sem que para isso tenha que fazer marketing próprio. Para isso convocamos a religião de Tiago, irmão de Jesus: A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo. Sabendo o que isto significa.
Afinal de contas, como diria Santo Agostinho, principal teólogo da patrística, em Cidade de Deus: “Não pode saciar a fome quem lambe pão pintado”. Ser confessional sem ser prático é oferecer pão de plástico pintado com cara de que saiu do forno, mas que não passa de brincadeira de criança.
Portanto, a resposta é: É possível não ser herege na confissão e o ser na vida. Basta ser o que Cristo revelou de alguns fariseus; sepulcros caiados. Resta-nos crer que heresia não é só uma confissão que sai da melodia como notas desentoadas, mas também atitudes que fazem o mesmo. Lembrando o que Augustus Nicodemos ensinou em A Bíblia e a sua família: “a mensagem sempre é maior que o mensageiro”, por isso devemos perseguí-la!
Valdemar Santana
Mais Um Peregrino
2 comentários:
Óia eu de novo! =P
Tanto eu como você, durante os primeiros passos da nossa "percepção religiosa" vimos, vivemos e chegamos até a abominar a "fé-religiosa-moralista". Isso nos marcou muito pela história da nossa família e até por termos tido que vencer essa couraça "anti-graça" de dentro de nós mesmos.
Na verdade, ainda não vencemos, não é, irmão? E o pior fracasso é quando achamos que ela faz parte de todos, menos de nós.
Só o amor transforma. Nunca me senti bem diante de olhos inquisidores que "diagnósticavam" minhas "heresias" através do que julgavam moralmente correto e, no mesmo olhar, já proferiam a "sentença condenatória".
Certa vez li num livro que, na época da colonização brasileira, antes de ser queimado na fogueira, o índio condenado recebeu a visita de um capelão para que ele se convertesse ao cristianismo. E este índio lhe perguntou: "os brancos vão para o céu?". O capelão balançou a cabeça em sinal afirmativo. E o índio, com os olhos baixos, respondeu: "Então eu quero ir para o inferno". Nunca me esqueci dessa história.
A bíblia diz que os cristãos devem ser lembrados pela forma como se amam e não pelo modo como "se condenam".
Tenho certeza que sua vida não foi transformada por correções, condenações ou condutas politicamente corretas. Sua vida, mano, foi mudada por e com amor. E óia que tu era um herege "miserávi"! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!! =P
Só Jesus pra segurar "Valdemarzinho"! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!
Bem... me recompondo =P...
Pra finalizar, concluo que é inevitável deixar de cometer ou conviver com heresias, mas é possível amar, a despeito delas!
Te amo, mano! ;-)
Da sua mana:
Ana Claudia =****
Cara, essas tuas percepções deveriam virar estações do blog!
Beijos!!!
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