Geralmente é assim nas nossas conversas, os outros sempre são os alvos das nossas críticas e observações. Somos muito generosos e misericordiosos quando falamos de nós e dos nossos. Mas quando o alvo da conversa é alguém ou alguma cena que não estamos envolvidos, parece que brota do inconsciente coletivo uma autorização para metrallhar com o poder das palavras tudo que pensamos legítimo ou não.
Sempre que leio o Evangelho de Lucas na passagem dos discípulos do caminho de Emaús aprendo algo novo, e dessa vez não foi diferente. "Ora, enquanto conversavam e discutiam entre si, o próprio Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles..." (Lc. 24.15 BJ).
Como já disse, muitas foram as lições e até sermões que já ouvi e preguei nesse texto, mas sem querer polemizar ou seguir regras hermenêuticas, vejo algo que me chama a atenção. É que enquanto vão conversando com Jesus a mente desses dois homens vão se redimendo pelo menos de três coisas. 1) Da segueira que os impedia de ver o próprio Jesus que estava bem ao lado; 2) Da frustração a respeito da esperança que "aparentemente" havia terminado e 3) Da missão que haviam abandonado, a de ser discípulo para o resto da vida.
Com essa simples reflexão quero meditar sobre isso hoje. Quanta diferença faz uma conversa redentora. Já pude ver em minha própria vida e creio que você também na sua essa grande diferença.
Creio que essa é uma forma de salgar e iluminar o mundo em que vivemos, pois as conversas que nos cercam, na maioria das vezes, são destrutivas e desedificantes. É verdade que as ações falam mais que as palavras ou conversas, mas também não deixa de ser verdade que uma boa conversa muda o curso de uma história, Jesus que o diga!
Foi Paulo quem disse: "Mas como ouvirão se não há quem pregue?". Pensemos sobre nossas conversas. Creio que uma boa pergunta para refletirmos seria: Dá para convidar Jesus entrar nesse papo? Quem tem a consciência no Evangelho entende o que digo - Vamos conversar?
Com Amor em Cristo Jesus
Valdemar Santana
Mais Um Peregrino
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