FRASE DA SEMANA

"O orgulho pode nos levar a nos transformarmos em substitutos para Deus". James Houston

sábado, 24 de maio de 2008

Estação da Graça




O Peregrino diz... “Sempre vi esta estação como um lugar meritório, me ensinaram que temos que lutar com forças físicas, emocionais e espirituais para se alcançar “ uma graça”. Foi quando refleti sobre as coisas boas que recebi na caminhada, coisas que não pedi, busquei e muito menos me esforcei para receber. Também cheguei numa situação que pensei ser o fim para mim, porque havia feito coisas fora dos “padrões morais” e neste lugar fui visitado pela graça que pensava conhecer “A Graça do Evangelho de Cristo”.

No contexto meritório em que vivemos a graça tornou-se uma palavra “frouxa” e reduzida à conversão, é como se ela só fosse necessária no início da fé cristã. Não se vive pela graça, apenas converte-se por ela, depois é puro mérito. Creio que por este motivo, para alguns, ser cristão é algo tão pesado, tão difícil.
Para muita gente viver só pela graça é viver sem ética cristã, mas não é isso que o Evangelho nos mostra, o Apóstolo da Graça nos diz: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles (os outros apóstolos); todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo”. I Co. 15.10.
Percebemos que a graça que o converteu no caminho de damasco continuou com ele depois do primeiro encontro, não só no primeiro amor, mas até o fim de sua peregrinação neste mundo de estações passageiras. Gene Getz diz que “a graça que salva é a mesma que santifica”.
Certa vez estava lendo Maravilhosa Graça de Philip Yancey e fui surpreendido com a seguinte afirmação: “Não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais. Não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos”. Sendo assim pensei: Que motivação eu terei para buscar a Deus tendo em vista que Ele já fez tudo?
Confesso que não foi fácil resolver este conflito. Abrir mão dos meus merecimentos não foi uma tarefa simples, pois para mim isto era um tesouro que eu não queria entregar para ninguém. Mas o Senhor estava constantemente batendo à porta do meu coração para que eu voltasse ao primeiro amor, onde tudo começou pela graça e só haveria o descanso almejado se eu entregasse a Ele esse tesouro que segurei com tanta força, “meus méritos”.
Para encontrar a resposta da motivação, precisamos primeiro abrir mão de merecer alguma coisa, mas essa não é uma tarefa fácil diante da cultura do triunfo em que vivemos, pois neste contexto quem perde nunca ganha nada, mas na matemática do Evangelho da Graça é diferente. Só vive quem morre, só ganha quem perde, só triunfa quem começa por baixo.
E aí só restou o que Brennan Manning propôs: “confiança e gratidão”. Confiança neste Deus que nos ama e nunca nos deixará de amar e muito menos nos deixará sozinhos. E gratidão por tudo que Ele já fez por nós. Creio que isto é viver pela graça, é ouvir o vinde de Jesus e experimentar o seu “Jugo suave e Seu fardo leve”. Assim, experimentaremos o sabor de ser sal e a luz como Peregrinos de Cristo!

Valdemar Santana
Mais Um Peregrino

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