Diz o Peregrino... “Quando comecei a despertar para a sexualidade, entrei em crise, pois pensava que aquilo só estava acontecendo comigo. Conversei bastante sobre o assunto com as pessoas erradas, mesmo que elas cressem que estavam fazendo o melhor por mim, isso me fez muito mal. Até que procurei a pessoa certa. Aquele que também criou essa área da minha vida".
Em pleno século XXI ainda é polêmico falar sobre sexo e na igreja então... Mas não podemos deixar de tratar algo que é tão importante na vida, mesmo sabendo que não é o mais importante, mas temos a certeza que tem um lugar singular na caminhada.
Quando se fala sobre sexo na igreja ou fora dela, a primeira coisa que vem a mente da maioria é o ato em si. Mas sexo ou sexualidade não pode ser reduzido apenas ao ato sexual que o Pai criou e estabeleceu como laço de união de duas pessoas que se tornam uma só carne. Alguns fazem isso de forma legítima e a maioria sem a legitimidade estabelecida por Deus que é o Seu amor que vem antes do sexo.
A prostituição que se tem feito com o sexo não se resume apenas a comercialização do mesmo, mas também a banalização e a vulgarização que adoecem quem vive uma sexualidade norteada pelos princípios ant-Evangelho, que é o rio onde milhões se banham pensando que a água é pura.
Creio que a igreja, às vezes, dá uma resposta muito polarizada para tentar tratar o problema, e isso gera repressão, que incentiva a desobediência secreta, onde é possível praticar, ou seja, diante dos homens. Por isso também acredito que não só a visão mundana, mas a eclesiástica precisa de uma sexualidade redimida.
Deus nos deixou literaturas fantásticas sobre o assunto na Bíblia e em outras que trazem saúde sobre o assunto. Tenho lido Cântico dos Cânticos junto com minha amada esposa há muitos anos, nossa história de amor nasceu nos braços de Abba mediada por este livro. Ele nos ensina que não precisamos nos constranger nem reprimir para tratar de sexualidade, pelo contrário, devemos fazer uso dessa bênção que o Pai deu para o homem e a mulher.
Eu tenho certeza que o que legitima uma união sexual não são documentos, libertinagem com cara de liberdade, cerimônias religiosas, paixões momentâneas ou qualquer outra coisa, mas apenas o amor de Deus que quando entra numa relação a redime em todas as dimensões e a sexual não ficaria fora dessa.
Paulo de Tarso, que não casou, mas foi quem melhor se expressou sobre o assunto no novo testamento, usou a palavra mistério para se referir a união entre um homem e uma mulher e disse mais: “Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama a si mesmo”. (Ef. 5.28). Isso nos leva a crer que uma sexualidade redimida passa a ter prazer em dar prazer, o que é totalmente diferente do que se ensina e se pratica ai fora. Que Abba nos ajude nessa jornada que nos faz cada vez mais um com a mulher que Ele nos deu!!!
Valdemar Santana
Mais Um Peregrino